No mês passado vimos que há somente dois
sacramentos, são eles O Batismo e a Ceia do Senhor.
Nós demos mais a tenção ao batismo. Falamos dos
tipos de batismo, mostramos textos bíblicos que apontam algumas questões duvidosas,
mostramos quem deve ser batizado e falamos sobre o batismo infantil.
Hoje abordaremos sobre:
A Ceia do Senhor
Esta é uma designação do sacramento ou
Ordenação da igreja conhecido também como Eucaristia.
Ceia do Senhor é a designação mais amplamente
usada entre as igrejas evangélicas. Esta prática associa o rito contemporâneo à
última refeição que Jesus compartilhou com seus discípulos na noite que precedeu
a crucificação.
Quais são os elementos da Ceia do Senhor?
No ensino
romanista
é ensinado a Transubstanciação. Para
eles o pão se torna carne e o vinho se torna sangue, mediante a consagração do
sacerdote. E continuam tais permanentemente.
Crê-se que tem aparência de pão, mas, os
sentidos não são aptos para julgar.
Aqui a Koinonia, “Comunhão”, é feita com um só
elemento: o pão. O pão deve ser sem fermento.
A crença é de que Cristo está em cada átomo dos
elementos, de modo que o pão sozinho transmite tanto a carne como o sangue.
A ênfase é dada na ideia de que a alma é inseparável
do corpo e a divindade é inseparável da alma; de modo que participar do corpo é
participar de Cristo.
No ensino
luterano é
ensinado a Consubstanciação.
Diferente da ideia romanista, o efeito aqui é temporário. O pão se torna carne
e o vinho se torna sangue apenas à ocasião do sacramento. Depois, os elementos
são pão e vinho comuns.
Nesse ensinamento o corpo glorificado de Cristo
participa da infinidade e da onipresença de sua natureza divina, de modo que
está presente em toda a parte e é inexaurível (que não se pode exaurir; inesgotável).
O corpo e o sangue de Cristo podem assim ser recebidos tanto pelo crente como
pelo descrente, mas só o crente é que tira benefícios desse fato.
Mas, o que diz os reformados?
Os elementos são simplesmente pão e vinho. Eles
representam o corpo e o sangue simbolicamente. A presença de Cristo no
sacramento não está nos elementos, mas no coração do crente.
Participar do pão e do vinho significa
participação espiritual dos benefícios da morte de Cristo, ou seja, da
expiação.
A natureza da Ceia do Senhor
Teoria romanista:
A Ceia do Senhor é tanto um sacramento, como um
sacrifício.
Como sacramento, “ex opere operato”, alimenta a alma por meio da substância real de Cristo
comida e bebida.
Como sacrifício, Cristo é realmente oferecido
de novo para expiação do pecado, repetindo-se assim a obra consumada na cruz.
Ponto de vista
reformado
Para a pergunta 96 do Breve Catecismo: “Que é a
ceia do Senhor?”, temos a seguinte resposta: “A Ceia do Senhor é o sacramento
no qual, dando-se e recebendo-se pão e vinho, conforme a instituição de Cristo,
se anuncia a sua morte, e aqueles que participam dignamente tornam-se, não de
uma maneira corporal e carnal, mas pela fé, participantes do seu corpo e do seu
sangue, com todas as suas bênçãos para o seu alimento espiritual e crescimento
em graça.”.
Para os reformados a Ceia do Senhor é um
memorial; é também um emblema ou sinal da profissão; e é também uma
apresentação simbólica dos grandes fatos da expiação na morte de Cristo.
O corpo e o sangue de Cristo não são recebidos
corporalmente, mas o que Jesus fez mediante o seu corpo e o seu sangue é
recebido por aqueles que participam com fé. O sacramento significa, sela e
comunica os benefícios da redenção. A participação constitui uma profissão e
renovação dos votos do concerto feito com Cristo. É, portanto, um ato solene e
vital. Diz Paulo: “O que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria
condenação” (1 Corintios 11.29).
Espera ter clareado um pouco mais os seus
pensamentos sobre este assunto. No próximo mês estaremos tratando sobre: A Imortalidade da Alma.
Então até lá.
Deus lhe
abençoe.
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