Olá! Que a paz seja com você.
Hoje estaremos começando um novo tema. Falaremos
sobre os Sacramentos. Termo usado por
muitas tradições cristãs em referência ás práticas sagradas da igreja. Agostinho
referiu-se a esses atos como “formas visíveis da graça invisível” ou “sinal de
um elemento sagrado”.
De uma forma misteriosa, os sacramentos são
usados por Deus para confirmar as promessas divinas aos crentes.
O Breve Catecismo, faz a seguinte pergunta
(pergunta 92): “Que é um sacramento?”. E como resposta ele tem: “Um sacramento
é uma santa ordenança instituída por Cristo, na qual por sinais sensíveis,
Cristo e as bênçãos do novo pacto, são representados selados e aplicados aos
crentes”.
Talvez você nunca tenha pensado, mas, podemos
afirmar que os cristãos primitivos tinham conhecimento do Velho Testamento e
que receberam instrução verbal de Cristo e seus apóstolos. Visto que o batismo
ter sido tão amplamente aplicado por João Batista e por Cristo e seus
apóstolos, é claro que não podia deixar de ser instrução apropriada.
Existem algumas teorias acerca da eficácia dos
sacramentos, as quais veremos a seguir:
Teoria Romanista
Nela, os sacramentos contêm a graça que
representam. Comunicam a graça “ex opere
operato” (uma expressão teológica
latina que significa “pela obra operada”).
Entende-se que os sacramentos estão carregados
ou cheios de graça e, sendo administrados por um celebrante autorizado, tem que
comunicar a graça que lhes é inerente. O ministrante deve ter a intenção de
produzir o efeito que o sacramento se destina a realizar.
Teoria Luterana
a. Aqui se crer que a fé por parte do recipiente é uma
necessidade.
Entretanto,
não é a fé que constitui o poder do sacramento. Por exemplo, lenha seca
queima-se com grande poder; e, entretanto, não é a secura que constitui o poder
que queima a lenha.
Vejamos
um caso bíblico, a mulher do fluxo de sangue deve ter tido fé; entretanto, não
foi a sua fé a causa eficiente de sua cura.
b. Outra coisa em que se crer esta teoria, é que a virtude do
sacramento é inerente a ele mesmo.
Esta teoria afirma consubstanciação (Martinho Lutero ensinava
que o corpo e o sangue do Senhor estão presentes em, com e sob o pão e o vinho) em relação aos elementos. Isto é o
que se equivale dizer que a humanidade de Cristo se acha no pão e no vinho, com
o pão e o vinho e sob o pão e o vinho.
Teoria de Zwinglio
Nessa teoria os sacramentos são memoriais, como o arco-íris
ou o monte de pedras à margem do Jordão. São emblemas da confissão que fazemos.
Não são meios de graça em nenhum sentido especial. Diz-se, entretanto, que
Zwiglio tem sido mal compreendido neste particular.
Teoria Calvinista
Os calvinistas acreditam que os sacramentos são
símbolos da verdade ou dos fatos da redenção. O catecismo diz que esses atos são representados. São sinais e selos do concerto. As verdades são seladas. São sinais de graça. As bênçãos
são aplicadas.
Nessa teoria, a eficácia não se acha neles nem
no ministrante; mas através deles o Espírito transmite graça aos que exercem fé
verdadeira.
Veja o que diz o Catecismo, pergunta 91: “Como
se tornam os sacramentos meios eficazes para a salvação? Os sacramentos
tornam-se meios eficazes para a salvação não por alguma virtude que eles ou
aqueles que os administram tenham; mas somente pela benção de Cristo e pela
obra de seu Espírito naqueles que pela fé os receberam”.
Por
ora é isso. Nos encontramos no próximo mês.
Deus o
abençoe.
Comentários
Postar um comentário