Jesus ensinou aos seus discípulos que é
preciso “vigiar e orar”, Ele disse: “Vigiai e orai, para não cairdes em
tentação. O espírito, com certeza, está preparado, mas a carne é fraca” (Mateus
26. 41).
Porém a parte que se refere à vigilância é
negligenciada por grande parte dos cristãos. Estar alerta nos ajuda a não
cairmos nas ciladas do maligno.
Uma delas é a tentação da cobiça, o desejo
sôfrego e veemente de possuir bens materiais. E nisso, muitas igrejas tem contribuído.
Pois a teologia da prosperidade tem sido uma maneira do diabo plantar
dissimuladamente nos corações a semente da cobiça.
Essa teologia torna invisível ou pouco
perceptível a avidez, ou a ambição desmedida pela riqueza. Provérbios 28. 20
ensina que: “O homem fiel gozará de abundantes bênçãos; mas o que se apressa a
enriquecer não ficará impune”.
Paulo escrevendo a Timóteo disse: “Os que
querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos
descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição,
pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por
cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos
sofrimentos” (1 Timóteo 6. 9, 10).
Existem muitas pessoas levadas pela cobiça, e
por conta disso partem para a prática de males terríveis. São capazes de roubar
aos homens e tentam enganar a Deus.
Existe muito alarde de pastores acerca da
prosperidade. E muitos se aproximam de uma igreja visando o enriquecimento e a
prosperidade.
“Vigiai e orai, para não cairdes em tentação...”
É preciso estar atento para que o desejo pela
cobiça não entre veladamente nos corações, e venhamos a pecar. Pois a cobiça é
um desejo insano pelas coisas materiais.
Em muitos casos a prosperidade é a desgraça
do homem, pois ela dá a sensação de tudo pode, e Deus nesse caso fica
esquecido. Como diz o sábio Salomão: “... tendo demais, eu te negaria e te
deixaria, e diria: 'Quem é o Senhor?' (Provérbios 30. 9).
“O espírito, com certeza, está preparado, mas
a carne é fraca”.
Estando a cobiça sugestionada pelo diabo, e impulsionada pela teologia da prosperidade, começa a nascer nos corações mais abastados a
soberba, o orgulho, a indiferença, a altivez e muitos outros pecados que são da
natureza da carne.
Tudo isso está sujeito ao ser humano.
Por outro lado, Salomão também diz: “Se eu
ficasse pobre, poderia vir a roubar, desonrando assim o nome do meu Deus”
(Provérbios 30. 9).
Tanto a cobiça como a pobreza podem trazer
tentações. E fica claro que o pobre no meio de tantas dificuldades que lhe
sobrevém precisa vigiar constantemente. Pois a natureza humana logo trará a
murmuração, o descontentamento, a infelicidade.
Portanto, “vigiai e orai” para não serdes
levados pela cobiça.