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A Impunidade e a Disciplina na Igreja: Uma Reflexão com Base em 1 Coríntios 5:1-13

  A palavra “impunidade” tem se tornado cada vez mais comum em nosso vocabulário, especialmente em tempos onde a violência e o desrespeito às leis parecem estar em ascensão. O Oxford define impunidade como “falta de punição, de castigo”, enquanto o Caldas Aulete complementa ao descrever como “o não cumprimento de uma pena por alguém que cometeu um delito. Estado de tolerância ao crime”. Em um contexto espiritual, a impunidade é igualmente grave e pode ser vista como um desprezo pelas diretrizes divinas de respeito, amor ao próximo e reverência a Deus. O profeta Oséias já alertava sobre isso em Oséias 4:1-2, onde descreve como a desobediência a Deus resulta em uma sociedade desprovida de verdade, amor e conhecimento do Senhor. A impunidade, como consequênciado pecado, não é novidade . Desde os primórdios da humanidade, vemos exemplos de pessoas que, mesmo não enfrentando consequências imediatas por seus atos, não escaparam do julgamento divino. O Salmo 34:16 lembra-nos de que “o rosto

“Amar É Jamais Ter Que Pedir Perdão”



         Quem já assistiu ao filme “Love Story” deve se lembrar de uma cena em que Oliver (Ryan O’Neal) após discutir com sua esposa Jennifer (Ali MacGraw) sai a procurá-la pela cidade. Ao voltar para casa sem esperança e triste, ele a encontra sentada e chorando na escada do lado de fora de sua casa. Oliver arrependido pelo que fez, pede perdão a ela. É quando ela responde com a celebre frase: “Amar é jamais ter de pedir perdão”.

Para muitos cristãos essa frase pode não parecer muito apropriada, uma vez que Jesus ensina que devemos perdoar sempre: “Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete” (Mateus 18:22).

No filme Jennifer não é cristã, mas a idéia que ela tem de amor, supera em muito aquilo que muitos cristãos chamam de amor.

No entendimento dela, amar significava que o relacionamento entre um e outro seria de tal maneira que nada que um fizesse seria para ofender ou magoar o outro. Seria uma relação de parceria, de entendimento e de verdades. Tudo deveria ser feito de forma que nem um ou outro saísse ferido, machucado.

Para Jennifer não havia a possibilidade de quem ama ferir de alguma forma o outro. Ela acreditava que aquele que ama faz o possível para que tudo corra bem. Como diz um ditado que já ouvi por aí: “Quem ama cuida”.

O fato de Jesus ter ensinado sobre o perdão nos mostra que embora a idéia de Jennifer ser bem intencionada, o homem tem tendências egoístas. Por isso Deus deu a Moisés a lei que nos ensina a fazer aos outros aquilo que queremos que seja feito a nós (Mateus 7:12).
Assim, perdão passa a ser a chave que abre de novo a oportunidade do relacionamento voltar a ser como antes. “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas” (Mateus 6:14,15).

Se olharmos por esse ponto de vista, vamos entender o que Jennifer queria dizer: “Vamos viver de forma de não precisemos pedir desculpas”. Isso fará que nossa vida tenha um novo referencial. Um novo propósito. Começaremos a ver o outro como uma extensão de nós mesmos. Estaremos mostrando que aquilo que eu faço é o que desejo receber em troca.

Nossa vida cristã estará mais em sintonia com a Palavra de Deus. “Façam coisas que mostrem que vocês se arrependeram dos seus pecados” (Mateus 3:8). Mas ao fazer de sua vida um instrumento de benção na vida do outro, não se vanglorie por isso: “Mas você, quando ajudar algum necessitado, faça isso de tal forma que nem mesmo o seu amigo mais íntimo saiba o que você fez. Isso deve ficar em segredo; e o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa” (Mateus 6:3,4).

Se você não sabia que o perdão pode abrir para você uma nova oportunidade, fique sabendo então. Se essa palavrinha de cinco letras está na Bíblia não é por acaso ou para enfeitar. É para ser vivenciada, e você passar a ter um relacionamento mais sadio, mais honesto e sincero com outras pessoas que fazem parte do seu círculo de convivência, e também com Deus.

Mas se mesmo assim algo mal acontecer, saiba que perdoar é curar. Perdoar ajuda a fechar cicatrizes que foram abertas. Perdoar ajuda a restaurar a paz que foi perdida. Perdoar ajuda a esquecer as mágoas não esquecidas. Perdoar traz vida. Restaura a alegria. Faz viver em comunhão.

Amar é também aprender pedir perdão.

Ore agora: “Senhor, tira-me o poder de ferir, dá-me o poder de curar”.