Vimos anteriormente
que amor platônico é qualquer tipo de relação afetuosa ou idealizada em que se
abstrai o elemento sexual.
Ele pode acontecer
entre vários gêneros diferentes, como em um caso de amizade pura, entre duas
pessoas. Amor platônico também pode ser um amor impossível, difícil ou que não é
correspondido.
Como no caso do
amor de Raíres por Luan Santana, uma jovem que afirma ser ex-namorada do cantor.
Ela afirma, acreditando mesmo, que estava noiva do cantor e demonstra estar com
o coração quebrado depois de descobrir que ele tem outra namorada.
Seus amigos
postaram na internet um vídeo onde mostram a reação dela ao saber dessa notícia
e o vídeo conseguiu milhares de visualizações. Este é um dos muitos casos de
amor platônico de fãs pelo seu ídolo.
No entanto, a
Bíblia nos adverte para: “Que o amor de vocês não seja fingido” (Romanos 12.
9).
Quando o Velho Testamento
fala de Amor, está falando de uma expressão mais profunda de intimidade nas
relações com Deus e com o próximo. É algo que exige uma aproximação, e não uma
relação à distância.
O significado de
amor, como ágape, no Novo Testamento está ligado ao significado do Velho
Testamento, embora o amor também seja, no grego, phileo, que significa uma
profunda amizade pelo outro. Que é o sentido do texto de João: “Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3. 16).
O amor platônico é
entendido como um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve,
é feito de fantasias e de idealização, onde o objeto do amor é o ser perfeito,
detentor de todas as boas qualidades e sem defeitos.
No sentido bíblico,
o amor nunca é um sentimento, um desejo, mas uma decisão de agir em favor do
outro, como quando Paulo, escrevendo aos Romanos diz: “Deus prova do seu amor
para conosco, em que... Cristo morreu por nós” (Romanos 5. 5).
Quando se refere ao
amor platônico, ou qualquer coisa platônica, se refere a algo que seja
perfeito, mas que não existe no mundo real, apenas no mundo das ideias.
Isto também está
contrário ao amor fraternal relacionado na Bíblia. O termo grego para amor
fraternal é philadelphia, e se refere ao amor daqueles que estão unidos como
comunidade fraterna, que tem um compromisso além do individual, se esforçando
para um bem comum, para um bem comunitário. É o que Pedro ensina em sua segunda
carta: “A essa devoção juntem a amizade cristã e à amizade cristã juntem o amor”
(2 Pedro 1. 7).
No Novo Testamento, aqueles que professavam a mesma fé em
Cristo Jesus eram exortados a estar junto em amor fraternal, aquele que não
visa apenas seu próprio interesse, mas, também o do próximo, guardando o
mandamento de amar ao próximo como a si mesmo.
Leia também: O Cristianismo e o Amor Platônico – Parte 1 .