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Ano Novo: Escrevendo Nossas Páginas de Fé e Esperança

À medida que nos despedimos do ano que se encerra, é tempo de refletir sobre nossas jornadas, nossas alegrias e desafios. Olhamos para trás com gratidão por tudo o que conquistamos e com sabedoria para aprender com nossos erros. À nossa frente, um novo ano se abre como um livro em branco, esperando por nós para escrevermos suas páginas com histórias de amor, esperança e superação.   Que possamos abraçar o futuro com coragem, determinação e fé, lembrando que em tempos de incerteza, nossa fé nos sustentará. Assim como está escrito em Jeremias 29:11: 'Porque eu sei que pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.'   Que em 2024 possamos seguir os planos de Deus, confiando em Sua orientação, e que cada passo que dermos seja um passo em direção à Sua vontade. Que a paz de Deus nos guie, a alegria de Seu amor nos preencha e Sua graça nos sustente ao longo do novo ano. Feliz Ano Novo!".     O amor é

Coisas Que Não Se Esquecem – Parte 3


Ela estava sentada na cama. Tentava relaxar. Tinha acordado no meio da noite, isso agora era algo que sempre acontecia. Nem sempre ela conseguia voltar ao sono. E, naquela noite, ficara completamente desperta.

Por pior que seja, é pior quando ela revive durante o dia as cenas que passou. Quando está no mercado e a vê, está no caminho de casa ou do trabalho e ele não a deixa passar. Sem fazer barulho, mas sempre a observando.

Às vezes não é fácil. Não conseguir andar pelas ruas sem olhar por cima do ombro para ter a certeza de que ninguém está à espreita.

Nas poucas noites em que ela consegue dormir, nos seus sonhos, ela revive tudo aquilo pelo qual passou, e o que lhe parece ser mais triste... Ninguém vem ao seu auxilio.

Ela agora sabe, conhece as conseqüências de quem sofreu um abuso sexual. Como muitas mulheres pelo país que enfrentam a depressão, o medo, a vergonha, a culpa, o isolamento, o desamparo, e o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

Agora ela conhece bem a mente, e os sentimentos de muitas mulheres que apresentam algum tipo de disfunção sexual e um déficit ou dificuldade quanto a relacionamentos sociais. Agora ela sabe que pode ser resultante de uma violência sexual na infância. Agora ela sabe que essa violência pode levar a um desenvolvimento de um distúrbio psicológico na idade adulta.

Com ela não ocorreu na infância. Foi mais recente. Mas as circunstâncias não importam quando se trata de um estupro. A violência marca a mente de quem é vítima.

O que ela sabe é que agora, ela não tem mais a menor paciência. São tantas as coisas lhe deixam com raiva. Coisinhas pequenas, que não significam nada, mas que, por algum motivo, significam.

Seu nome não é Tamar, mas o que lhe acorreu, aconteceu também na família do rei Davi: “Absalão, filho de Davi, tinha uma irmã muito bonita, que se chamava Tamar. Outro filho de Davi, chamado Amnom, apaixonou-se por ela. Ele estava tão apaixonado, que até ficou doente. Amnom pensava que era impossível possuir a sua meia-irmã; ela era virgem e por isso não tinha o direito de se encontrar com nenhum homem. Mas Amnom tinha um amigo muito esperto, chamado Jonadabe, filho de Siméia, irmão de Davi.

Jonadabe disse a Amnom:

- Você é filho do rei e, no entanto, cada dia está mais triste. Diga-me por quê.

É que estou apaixonado por Tamar, a irmã de Absalão, o meu irmão por parte de pai! – respondeu Amnom.

Então Jonadabe disse:

 - Finja que está doente e vá se deitar. Quando o seu pai vier, diga a ele: “Por favor, deixe que a minha irmã Tamar venha me dar de comer. Que ela prepare comida aqui onde eu possa vê-la e que ela mesma me sirva a comida”.

E Amnom se deitou e fingiu que estava doente.

O rei Davi foi visitá-lo, e Amnom disse:

- Por favor, deixe que Tamar venha e prepare alguns bolos aqui onde eu possa vê-la, e que ela mesma os sirva para mim.

Então Davi mandou dizer a Tamar, no palácio:

- Vá à casa de Amnom e prepare alguma comida para ele.

Ela foi e o encontrou de cama. Ai pegou um pouco de bolo ali onde ele podia vê-la. Então assou os bolos e os tirou da forma para Amnom comer. Mas ele não quis e disse:

- Mande todo mundo sair.

Todos saíram. E Amnom disse a Tamar:

- Traga os bolos aqui para a minha cama e sirva-os para mim.

 Então ela levou os bolos para ele.

Quando os ofereceu a Amnom, ele a agarrou e disse:

- Deite-se comigo, minha irmã!

Porém ela respondeu:

- Não meu irmão! Não me obrigue a fazer isso! Não se faz uma coisa dessas em Israel. Não faça essa loucura! Como eu poderia aparecer depois disso diante dos outros? E você ficaria completamente desmoralizado em Israel. Por favor, fale com o rei, e eu estou certa de que ele me dará a você.

Mas Amnom não quis ouvir o que Tamar dizia. E como era muito forte, ele a forçou e teve relações com ela.

Depois teve nojo dela e a odiou ainda mais do que tinha amado antes. Então disse:

- Saia daqui!

Tamar respondeu:

- Não, meu irmão! Você me mandar embora assim é um crime ainda maior do que o que você acaba de cometer!

Mas Amnom não quis escutar o que ela dizia. Chamou o seu empregado particular e disse:

- Tire essa mulher da minha frente! Ponha-a para fora e feche a porta!

Então o empregado pôs Tamar para fora e fechou a porta.

Ela estava usando um vestido longo, de mangas compridas – roupas que as princesas solteiras usavam naquele tempo” (2 Samuel 13. 1-18).

Muitas mulheres vivem dirigidas pela culpa. Passam a vida fugindo do remorso e da culpa. São manipuladas por suas lembranças. Permitem que seu passado controle seu futuro.

Nossa personagem está descobrindo que embora sendo produto de seu passado, ela não tem que ser prisioneira dele. Pois Deus é especialista em dar as pessoas um novo começo. Ela está descobrindo que: “Ficar desgostoso com o passado e amargurado é loucura, é falta de juízo, que leva a morte” (Jó 5. 2).

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