No dia 08 de janeiro de 2006 eu tive a
oportunidade de levar uma mensagem à igreja onde estava congregando na época.
As pessoas ali a receberam com grande alegria e foi benção para muita gente que
a acolheu no coração. Por isso quero compartilhar com você que lê este blog e
encontra aqui alguma coisa útil para sua alma, esta mensagem que levei à igreja
naquela ocasião.
Naquela noite pedi que um voluntário se
levantasse e fosse até a frente e ficasse junto a mim. Vi que a maioria das
pessoas se agitou ansiosas, mas não aquela ansiedade que move alguém a uma
ação, e sim, aquele receio de não saber o que iria acontecer. Possivelmente
alguém deve ter pensado que pagaria algum “mico”.
Levou algum tempo até que alguém se
levantasse e fosse até mim. Então eu disse que faria três perguntas, não sei se
isso foi bom, pois percebi no rosto de alguns o medo, talvez tenham pensado que
eu faria alguma pergunta sobre a Bíblia, e eles não saberiam o que responder.
Finalmente um senhor tomou coragem, ergueu o
peito e foi na incerteza do que aconteceria e na expectativa de conseguir
acertar as perguntas. Vi a expectativa no rosto de todos que estavam ali
assistindo.
Então comecei as perguntas: “Qual é o seu
nome?”, ele respondeu; a segunda pergunta: “Em que bairro você mora?”,
novamente ele respondeu; e por fim fiz a última pergunta: “É membro desta
igreja?”, e ele respondeu afirmativamente. Nessa hora ouvi um coral de vozes
dizer: “Aaahhh...”. Olhei na direção dos adolescentes e pude ler os lábios de
um que dizia ao outro: “É só isso? Se eu soubesse teria ido lá”.
Como recompensa pela coragem daquele senhor
que se chamava Paulo, dei-lhe de presente um cd. Ele abriu um grande sorriso,
ergueu o cd para o alto como um troféu que ele conquistou e disse em tom de
brincadeira para a igreja: “Viu, vocês não quizeram.”
Então comecei minha mensagem naquela noite, a
qual transcrevo agora para você:
Muitas vezes temos medo de aceitar algo por
não conhecermos o que nos espera. Dentro da Igreja acontece a mesma coisa. Mas
Deus está esperando que sejamos forte e corajosos. Ele disse isso em Deuteronômio
31:7 – para Moises; e 31:23 – para Josué.
Deus deseja nos abençoar com muitas bênçãos.
Mas para isso precisamos nos colocar na posição e ousar dizer como o profeta
Isaias: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Isaias 6:8).
Porque ficamos esperando que alguém tome a
iniciativa? Porque não nos incluímos quando Deus está falando conosco? Porque
sempre pensamos que o outro é melhor do que nós? Porque pensamos que a casa do
outro é mais abençoada que a nossa?
Só receberá o “presente” aquele que não tiver
medo de receber o que Deus lhe tem preparado. Aquele que se colocar como
voluntário para a obra que o Senhor está chamando para ser feita.
Queremos ver o mundo transformado, mas ele só
pode ser transformado através da Palavra. E a Igreja é o agente transmissor da
Palavra.
A Palavra nos educa.
Maria Montessori que foi uma educadora,
médica, católica, pedagoga e feminista italiana. É conhecida pelo método
educativo que desenvolveu e que ainda é usado hoje em dia em escolas públicas e
privadas mundo afora. Ela acreditava que: “A educação da criança e a reeducação
dos adultos torna-se o meio privilegiado para a formação de um novo homem,
capaz de construir um novo mundo, sustentado na paz, no respeito e na
solidariedade entre os homens”
Nós acreditamos que a “Escritura Sagrada é
inspirada por Deus e útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as
faltas e ensinar a maneira certa de viver” (2 Timóteo 3:16). Pois é o único
livro que de fato pode nos ajudar a conhecer Deus e compreender o homem no seu
âmago.
Portanto não nos acovardemos diante da obra
que o Senhor tem nos chamado.
Essa foi a mensagem para aquele povo, naquela
noite. Mas que pode ser útil para você nos dias de hoje.
Deus lhe abençoe.
Mensagem pregada em 06 de janeiro de 2006, na Igreja Comunidade Evangélica Betânia.