“Mas Pedro, respondendo, disse-lhe:
Ainda que todos se escandalizem de ti, eu nunca me escandalizarei. Disse-lhe
Jesus: Em verdade te digo que esta noite, antes que o galo cante três vezes me
negarás”.
Cada um de nós é responsável pelo
estado em que nos encontramos. Se estamos alegres ou tristes, desanimados ou
entusiasmados. Nós criamos esse estado baseado nas experiências vividas, nos
pensamentos, sentimentos e emoções que criamos dessas experiências.
Pedro embora conhecedor do poder de
Jesus, de sua fama e aprendendo de seus ensinamentos a cada dia, fez aquilo que
ele não queria fazer, negou O Mestre.
Os padrões mentais de Pedro se baseavam
na sua experiência vivida em uma época opressora pelos romanos. Seu pensamento
poderia está sendo preenchido pelas imagens que estavam a sua volta. As cenas
de tortura que diariamente lhes eram apresentadas.
Portanto quando se viu diante dos
soldados prendendo Jesus, sendo levado para ser apresentado diante as autoridades,
as imagens internas, os sons internos que ele ouvia somado as suas sensações, só poderiam fazer com que as palavras que saíram de sua boca fossem: “Eu não
conheço este homem”.
Todos nós estamos sujeitos a falar, a
fazer e agir de forma que não queremos.
Se aprendermos a direcionar e otimizar,
aperfeiçoar a estrutura de nossas experiências subjetivas, nossa programação
mental, poderemos obter uma melhor comunicação intrapessoal que se traduzirá
num comportamento melhor e seremos capazes de uma comunicação interpessoal mais
eficaz.
Depois que Pedro passou por essa
experiência traumática, e começou a modelar o exemplo de Jesus, começou a
entender que se usasse a mesma estratégia mental de Jesus, se convertesse,
conseguiria os mesmos resultados que Jesus obtinha diante situações
desfavoráveis e desagradáveis. Com essa aprendizagem Pedro pôde sair do papel
de vítima e se tornou mais proativo e ter mais controle de sua própria vida.
Com o passar do tempo, vamos acumulando
mais experiências, mais camadas vão sendo acrescentadas, e menos exposição de
nos permitimos ter quanto ao que realmente sentimos.
A maioria das pessoas escolhe por
diversas razões não falar sobre o que realmente sentem, exibem um comportamento
contraditório ao que o seu “verdadeiro eu” está sentindo.
Pedro amava Jesus, mas o medo dentro
dele o fez negá-lo.
Posso ser o que eu não quero ser...
Porque eu não quero ser.
Quando aquilo que não queremos ser
torna-se uma obsessão apaixonada dentro de nós, podemos nos tornar aquilo pelo
fato de não querer ser, pois nesse instante nossa mente está cheio de tal
ideia, e a compulsão apaixonada pela realização de tal ato se materializa pelo
fato de não querer ser.
A paixão é uma forma extrema
da emoção. Ela pode cegar momentaneamente, mas é passageira e não tem a duração
e a obsessão da emoção. Certa atmosfera social favorece ou não o desabrochar de
determinados tipos de paixão: A Paixão Religiosa, na época das Cruzadas e das
guerras religiosas, a Paixão Intelectual no séc. XIII e na renascença; no séc.
XVIII, a Paixão Romântica e outras.
Pela sua parte de ocupação
quase total do psiquismo, tem aspecto, até certo ponto, neurótico. Pode se
desencadear a partir de um simples estímulo, como o amor à primeira vista, como
pode surgir de causas mais profundas.
Pedro provavelmente tinha medo de sofrer as torturas que eram impostas
pelos romanos, queria se vir livre da morte. Essa paixão pela vida pode ter
sido a motivação dele fazer aquilo que não queria.
O que tem sido a paixão motivacional
de sua vida? Que padrões mentais você criou ate hoje? Eles podem ser a causa de
você está fazendo exatamente aquilo que você não quer.
“Tenha cuidado com o
que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos”. (Provérbio
4.23. – BLH).
Mensagem baseada em Mateus 26. 33, 34.
Postada em 21 DE MAIO DE 2011.
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