Fazendo um exame histórico descobriremos que
Descartes, o fundador da filosofia moderna cria na substância da alma.
Embora o materialismo tenha grande influencia
nas opiniões acerca deste assunto, afirmando que a mente é uma função do
cérebro, e chegando a atribuir ao átomo uma mentalidade. Como David Hume, um
filósofo, historiador e ensaísta escocês que se tornou célebre por seu
empirismo radical e seu ceticismo filosófico. E que opôs-se particularmente a
Descartes e às filosofias que consideravam o espírito humano desde um ponto de
vista teológico-metafísico. A Bíblia nos dá boas razões para se crer na
substância da alma.
Em Gênesis encontramos a seguinte expressão: “E
formou Deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego de vida;
e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2. 7).
Hume negou a substancia da alma. Em seus
escritos ele insistiu em que o nosso conhecimento do “eu” não pode ir além das
impressões, sensações e sentimentos.
Hoje temos estudos modernos sobre a memória,
que tem a capacidade de fazer seus reconhecimentos. Sabemos sobre nossa
identidade pessoal, que nos faz saber que somos a mesma pessoa que éramos desde
o tempo em que começamos a ter consciência de nossa própria existência.
Somos seres com pensamentos, que são atos
conscientes. Temos sentimentos, que são estados conscientes. E somos seres com
responsabilidades. Portanto deve haver um agente, algo que se mantém inalterado
através de todas as mutações pelas quais passamos.
O corpo muda muitas vezes através dos anos,
ao passo que continuam a memória e a identidade pessoal. Concluímos que essas
pertençam à alma. Os fenômenos mentais são propriedades da matéria e devem ser
atributos de alguma substância que não é material.
A mente governa o corpo. Os movimentos de
minha mão são determinados pela minha mente. É minha mente quem dirige e
escolhe o tempo em que os movimentos se realizam.
O livro de Provérbios cita: “Tenha cuidado
com o que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos”
(Provérbios 4. 23). Portanto, há um agente superior que atua sobre os elementos
materiais, dirigindo-os e guindo-os.
Todas essas questões nos faz pensar que há uma
alma. Uma entidade imaterial e espiritual. E é esse agente ativo que atua em todos
os nossos pensamentos e volições, e acerca do qual são afirmados nossos estados
mentais e nossas experiências.
Sem entrar em questões como Dicotomia e
Tricotomia, quero somente enfatizar que o homem é composto de duas substancias:
corpo e alma.
Substancia é aquilo que tem existência,
propriedade e potência, é aquilo a que os atributos são inerentes.
Quando falamos de volume, peso, resistência,
forma e etc., estamos falando de atributos, ou propriedades que são inerentes à
matéria, ou seja, ao corpo. Quando falamos de pensamento, volição que é nossa
ação de escolher ou decidir; afeição e consciência, estamos falando dos
atributos do espírito, portanto inerentes a alma.
O corpo é a substância material; a alma é
substância espiritual. Estas duas substancias constituem o homem. ´
É a alma que vivifica o corpo, quando ela é
retirada o corpo morre. A alma é a sede da personalidade.
O poder de adorar ou
cultuar é atribuído à alma: “Amarás o Senhor teu Deus... de toda a tua alma”
(Mateus 22. 37). É a alma que é salva ou perdida: “A qual pode salvar as vossas
almas” (Tiago 1. 21).
A mente ordena ao corpo que aja e ele o faz.
O corpo transmite à mente impressões do mundo exterior, e a mente as recebe. Como
o corpo age sobre a mente e como a mente age sobre o corpo, não podemos
entender, embora experimentemos tal ação diariamente.
As emoções da mente afetam o corpo. As
doenças do corpo afetam e perturbam o espírito, em especial as doenças do
cérebro.
Em um mundo carregado de stress e ansiedade é
bom meditarmos mais em uma frase mencionada por Jesus, ele disse: “Que vantagem
há em o homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma?” (Marcos 8. 36).