No mês passado terminamos nosso post dizendo que: Fé é uma condição
apropriada para a salvação, porque a apreensão intelectual e crença na verdade
são necessárias, a fim de nos rendermos a ela e lhe obedecermos; é confiança
pessoal em Deus e resulta em paz, certeza, santificação e todas as graças da
vida cristã.
Disse também que há vários tipos de fé. E
hoje quero menciona-las.
São elas:
A Fé Especulativa ou Fé Histórica – Esta espécie
de fé consiste em mera apreensão intelectual, sem propósito moral ou espiritual.
Este é o tipo de fé que encontramos em Atos
8.13: “E creu até o mesmo Simão.” E também em Tiago 2.19: “Também os demônios o
creem, e estremecem.”
Uma fé que não se firma em Jesus Cristo não é
fé salvadora.
Outro tipo de fé é a Fé Temporária – Esta é
uma fé aparentemente genuína, mas que vai desaparecendo em seu caráter. É o
tipo de fé ilustrada pela semente que caiu sobre os pedregais (Mateus
13.5,6,20,21).
E temos a Fé Salvadora – Que é a fé que une a
alma com Deus e resulta em salvação. Nela está combinada tanto a crença como a
afeição e também a vontade. Esta é a fé verdadeira.
Talvez você pergunte: O homem pode ter fé em
coisas de que não sabe?
Existe uma relação da fé para com o
conhecimento. Porém, não se pode traçar uma rigorosa linha divisória entre
ambos. Suas esferas se interpenetram, mas não se pode dizer que nós não cremos
o que sabemos, nem que não sabemos algumas coisas que cremos.
Por exemplo: Posso dizer: sei que lavei o
rosto hoje de manhã. E também posso dizer: acredito que lavei meu rosto hoje de
manhã. O conhecimento desse fato não exclui a crença nele. Entretanto, a fé
pode diferir do conhecimento em relação à emoção e à vontade, em casos que envolvem
uma pessoa.
O teólogo católico romano divide a fé
salvadora em fé explícita e fé implícita. Quando alguém entende e crê
inteligentemente exerce a fé explicita. Mas há muitas doutrinas que o homem
humilde pode não entender e mesmo nunca ter ouvido e, entretanto, pode crer e
aceitar tudo o que a Igreja ensina, porque tem confiança na Igreja. Isto é
chamado de fé implícita.
Outra pergunta pode surgir: Qual dos dois tem
a precedência? Temos de saber a fim de crer, ou temos de crer a fim de saber?
Para essa pergunta
também não se pode admitir uma regra universal. Tem que haver alguma apreensão
antes que possa haver fé numa pessoa ou uma preposição. Ninguém pode crer num
Deus de quem nunca se ouviu falar, nem numa preposição (ideia) que nunca fi
apresentada à sua mente. Ninguém pode crer em um Deus de quem não tem nenhuma
apreensão intelectual: “Como pois invocarão aquele em quem não creram? E como
crerão naquele de quem nunca ouviram?” (Romanos 10.14).
Por outro lado, deve haver fé na
credibilidade de nossos sentimentos, de nossas faculdades e dos processos do
pensamento, para que seja possível qualquer considerável aquisição de
conhecimento.
Como já foi dito anteriormente: A fé é o elo
de ligação entre o crente e Cristo.
O Espírito aplica a redenção adquirida por Cristo,
produzindo fé em nós e, assim, unindo-nos com Cristo.
A fé é uma condição apropriada à salvação.
Deus lhe abençoe.