Como vimos no mês passado, a pretensão de
alguns fanáticos no tempo de Lutero, que diziam receber comunicações diretas de
Deus, independentes das escrituras; levou ele e seus auxiliarem ensinarem que o
poder do Espírito Santo era inerente (inseparável) à Palavra, e que Ele não
opera sobre a mente a não ser através e por meio da Palavra.
Os Reformadores ensinam que a influência do
Espírito Santo é distinta da influência natural da verdade: que Ele também age
com a verdade, preparando a mente para a verdade e tornando-a eficaz, e
independente da vontade, ou sem ela, onde, quando e como lhe aprouver.
A pergunta de número 89 do catecismo diz:
“Como se torna a Palavra eficaz para a salvação?” E sua resposta é: “O Espírito
de Deus torna a leitura e especialmente a pregação da Palavra, meios eficazes
para convencer e converter pecadores, para os edificar em santidade e conforto,
por meio da fé para a salvação”.
Alguns afirmam que não existe influência do
Espírito sobre os corações dos homens, mas apenas a influência natural da
verdade.
Portanto, contraria aos ensinos dos
reformadores.
Vejamos os pensamentos de alguns teóricos:
a)
Os
Semipelagianos e s Romanistas, ensinam que a graça comum é suficiente para
habilitar o pecador a fazer aquilo que ou merecerá ou assegurará maiores graus
de graça, os quais, se devidamente desenvolvidos e aproveitados, resultarão na
salvação. Isto põe a eficácia em grande parte nas mãos d homem.
b)
A
confissão Armeniana diz: “O Espírito Santo confere ou está pronto a conferir a
todos e a cada um, a quem a palavra da fé é ordinariamente pregada, tanta graça
quanto seja suficiente para gerar fé e levar adiante a sua conversão em seus
sucessivos estágios.”. Isso faz da salvação algo que depende da cooperação
humana com a graça comum.
c)
O
sistema Calvinista e Reformado ensina que existe uma graça comum, suficiente
para certas coisas – convencer os homens indesculpáveis pelo pecado e pela
incredulidade (confira em Romanos 2.1 e Atos 17.17). Esta graça comum desperta
e estimula a coisas melhores; mas nãomuda o coração nem regenera a natureza, e
a regeneração não é efetuada pela cooperação da vontade humana. Este sistema
põe a eficácia nas mãos de Deus.
Se você fizer a
seguinte pergunta: “Qual é a causa eficiente da mudança de um coração?”, você
ouvirá diversas respostas:
Um Pelagiano dirá: A
vontade humana.
Um Armeniano dirá: A
coperação da vontade humano com a divina.
O Catolicismo Romano
dirá: A graça divina depositada no sacramento do batismo.
O Luterano dirá: O
Espírito de Deus operando ordinariamente através da palavra e dos sacramentos.
Os Reformados e
Calvinistas dirão: O Espírito Santo operando quando, onde e como Ele quiser.
Que este texto sirva
para identificar qual tem sido a sua crença e lhe abra os olhos para o que a
Bíblia ensina.
Até o próximo mês.
Deus lhe abençoe.
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