Muitas igrejas dizem não praticar a
religiosidade, mas suas práticas dizem justamente o contrário. A religiosidade
se manifesta quando os rituais são praticados sem nenhuma mudança real na vida
das pessoas.
O povo judeu estava acostumado com a
instituição da prática do jejum, pois estava no seu calendário religioso e no
dia do jejum eles simplesmente iam cumprir o ritual, sem ter nenhuma mudança em
suas vidas, ou seja, passavam fome.
No livro de Isaías, como vimos na postagem
anterior, no capitulo 58, Deus falou por meio do profeta dizendo o seguinte: “Vocês
querem fazer algo que realmente me agrade, então ajude os pobres, largue o
pecado, pare de oprimir os inocentes, deixe de lado a violência, ande nos
caminhos de Deus, então vocês verão as suas curas e Eu ouvirei as orações de
vocês.”
Deus está mostrando que o ritual
desacompanhado de arrependimento, de uma vida santa, de mudança de atitude, e
de oração não tem valor para Ele.
O jejum como temos visto atualmente não é o
jejum que agrada a Deus, pois o que vemos é a prática de deixar determinadas
coisas e ir buscar os próprios interesses, sem nenhuma mudança de atitude.
A maioria dos líderes enxerga o jejum como um
sacrifício a ser feito a Deus para que Ele então possa abençoar o adepto. Mas
como diz um amigo: “Jejum não é sacrifício, é sacro-ofício, e é prazer!”
E foi por esse motivo que Jesus disse que ele
deve ser praticado em secreto, pois fazê-lo em público é o caminho para a
corrupção da devoção, pois vira show de santificação, como faziam os fariseus
(Mateus 6.6).
O jejum deve ser a declaração da alma que em
silêncio, na quietude do quarto, e em meditação entra em curtição na presença
do ser de Deus.
Jejum não deve ser um sacrifício, e sim está
carregado de amizade com Deus, de separar um tempo para gozar do amor de Deus
num lugar que seja secreto, onde só você e Ele estão presentes. É esse jejum
que faz falta. É esse tipo de jejum que quando voltar a ser praticado, poderá
mudar muita coisa, pois mudará a alma do povo.
Um jejum discreto, apaixonado, silencioso e
amante de Deus. Um jejum que enche o coração de gozo, que sensibiliza a alma,
dando voluntariedade ao espírito. E desse jejum, aquele que o come, se alimenta
de gratidão. Pois jejuar também é parte da Graça que nos é dada.
Ao nos entregarmos aos mecanismos de
repetição de sacrifícios e barganhas, por mais ingênuos que possam parecer,
significa que estamos tirando a validade do sacrifício eterno de Jesus, e isso
significa que estamos caindo da Graça.
Cai quem deixa a fé e a consciência da Graça
de Deus.
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