Nas últimas semanas tenho pensado muito nas
coisas que tem acontecido no mundo. Na crise do mundo. ´
Estamos também em crise dentro de nosso
país... De nossa casa.
É verdade, coisas importantes estão
acontecendo no mundo, e muitas vezes a igreja não está lá. Talvez por ter sido
ensinada que ela não pertence ao mundo. Ou pela não compreensão do que Jesus
quis dizer quando falou “Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi,
tirando-os do mundo” (João 15.19).
Muitas vezes a igreja está nos bastidores, apenas
observando o que ocorre no palco. Fazendo parte em uma peça na qual não tem um
papel de verdade. Tem sido apenas uma assistente, alguém que espera e assiste,
talvez ajude, mas apenas com detalhes.
A religião está em crise, é o Evangelho de
prosperidade versus o Evangelho da cruz. Uma cruz que ninguém quer. Mas uma
prosperidade que todos anelam.
Deveria ser inverso, pois Jesus não disse
deixem a sua cruz e sigam-me. Ao contrário, Ele disse: “Se alguém quiser
acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mateus 16.24).
Ao invés de estar desejando ardentemente a prosperidade
material, deste mundo, e que ficará aqui para alguém gastar, a igreja deveria
está preocupada em dizer, como disse Pedro: “Senhor, para quem iremos? Tu tens
as palavras de vida eterna.” (João 6.68).
Esta é a verdade do Evangelho: onde Jesus
está tem palavra de vida eterna. Mas isso tem sido trocado pelas bênçãos
instantâneas.
Pois a igreja se preocupa em parar e pensar
na insignificância de suas preocupações e problemas. Sabemos que eles não são
insignificantes, pelo menos não para quem os tem. Mas não é motivo de se deixar
de crer em Deus e muito menos na eficácia do Evangelho.
Jesus ao pregar o motivo pelo qual veio ao
mundo perdeu muito de seus discípulos: “Daquela hora em diante, muitos dos seus
discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo.” (João 6.66).
A cruz faz parte da vida cristã, e mesmo na
nossa insignificância, a dor e a perda são fundas e amargas, elas ferem. Então
cada um de nós, deveria fazer alguma coisa para melhorar a vida de alguém, para
mudar o curso dos eventos, mesmo no sentido mais restrito. Mesmo uma igreja
assistente pode fazer algo. Ela pode sair dos bastidores e entrar em cena.
Ontem, domingo, no culto, eu prestei atenção
na letra de uma música. Ela dizia o seguinte: “Eu vejo um povo eleito assumindo
o seu lugar, prá sua fé compartilhar” - Hosana.
A igreja é chamada para compartilhar a sua
fé.
Um amigo certa vez disse: “Sabemos que alguma
coisa tem significado para nos quando ela sai do pensamento para o coração e do
coração para a ação.”
O mundo está em crise. As palavras de Jesus
ecoam em meus ouvidos “Dêem-lhes vocês algo para comer.” (Lucas 9.13).
“Vivemos em uma geração onde, Jesus tem caído pelas ruas.
Eu quero estar no meio daqueles que... que não estão
correndo do conflito, mas estão correndo para o conflito. E dizer: “Corra pela
tua vida”!
Corra! De evangelhos que focalizam apenas sucesso e
prosperidade, Corra!
Corra! Daqueles que usam o nome de Cristo somente para o
seu próprio ganho. Corra daqueles que roubam do teu bolso em nome de Jesus.
Corra!
Corra de evangelhos que somente estão focalizados no
auto-progresso. Corra!
Corra de igrejas onde o homem e não Cristo é glorificado.
Corra!
Corra! Corpo de Cristo, corra!”
(Trecho
da mensagem de Carter Conlon, pregada no primeiro domingo após a tragédia de 11
de setembro de 2001)
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