“A Igreja é um
corpo, não um negócio. É um organismo, não uma organização. Está viva.”, esta
frase é do pastor Rick Warren. Penso que reflete bem o que deve ser a Igreja.
Mas infelizmente as
igrejas têm pregado de forma a parecer o contrário. Aqueles que entram em uma
instituição chamada igreja, sejam eles membros dela ou não, são tratados como
meros consumidores. Pois lhes são oferecidas verdades, e não a Verdade.
Hoje o conceito de
verdade absoluta não é bem aceito. Isso torna difícil admitir a culpa. Numa era
de varias verdades, o que fazemos é resultado dessas verdades, e não daquilo
que a Bíblia chama de pecado, que é uma verdade absoluta.
A questão é que sem
admitir culpa, não há como a graça de Deus se manifestar!
Existe dentro de
muitas igrejas hoje, grande atratividade marqueteira para atrair “gente” para
dentro delas. E a concorrência é grande. Um verdadeiro show da fé.
Muitos pastores ao
invés de se dedicarem ao estudo da Palavra, à oração, e à meditação. Estão cada
vez mais se empenhando em ser animadores de culto.
A igreja fica
cheia, mas vazia espiritualmente. Pois o que é pregado não é mais o Evangelho e
sim uma técnica qualquer que funcionou em um determinado lugar e alguém tenta
aplica-la também.
Mensagens que não
trazem edificação, pois são pregadas por alguém que seja capaz de persuadir e
não por alguém que tenha o chamado para o ministério.
O resultado disso é
bem visível, telefones tocando durante a mensagem, jovens enviando mensagens
através do celular, adultos com iphones acessando a internet durante o culto.
Depois vem alguém e
diz que o povo não tem mais reverência. Ora, se o que está sendo pregado não
trás para a pessoa a tal reverência, como ela pode tê-la?
O mesmo ocorre com
o louvor. O líder tem que ficar pedindo para se levantar a mão, para fechar os
olhos, para que o povo cante com mais entusiasmo. Tudo mecanicamente jogado
para os “expectadores” do “show da fé”. Nada mais é espontâneo. Nada mais sai
do coração. Pois o povo está vazio espiritualmente. Não há verdadeira adoração!
Hoje já não há mais
membresia em muitas igrejas. Existe a frequência. Como em uma rodoviária, está
sempre cheia e movimentada, mas as pessoas não são as mesmas. Sempre há pessoas
diferentes. Entram e saem. Passam por ela.
A concorrência é
grande! Muitas atratividades para conseguir gente. E nisso a igreja fica cada
vez pior. Muita loucura, muita emotividade. Pouca espiritualidade, pouca unção.
Outras igrejas,
para segurar seus membros e conseguir que outros venham, trocam suas mensagens cristocêntricas,
por mensagens antropocêntricas, mesmo assim com muita cautela, que é para não
assustar a “freguesia”.
Interessante é que
todo pastor gosta de citar o livro do Profeta Malaquias, principalmente o
capitulo 3, e os versos 8, 9 e 10, para colocar medo naquela pessoa que não dá
o dízimo. Mas não diz nada sobre os capítulos 1 e 2, que falam sobre o culto
sem alma e sem verdade, resultado de uma mensagem inútil, e sem vida. E o
capitulo 2, que fala da maldição das bênçãos de falsos sacerdotes que caem
sobre aqueles que deixam esses lhes impor a mão.
Esses dois
capítulos estão no mesmo contexto do capitulo três. Mas, ninguém diz nada sobre
isso.
A questão é que
tanto esses líderes como sua membresia: “... antes, se não vos arrependerdes,
todos de igual modo perecereis.” (Lucas 13. 3).
“Jesus, porém, lhes
respondeu: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mateus
22. 29).
“Portanto o meu
povo é levado cativo, por falta de entendimento” (Isaias 5. 13).
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