Sentei-me uns
instantes para meditar nas frases de um cântico que costumávamos cantar na
igreja quando era jovem. A letra diz: “A começar em mim quebra coração, para
que sejamos todos um, como Tu és em nós”.
Comecei a meditar nos
acontecimentos no livro de Esdras e a olhar para alguns templos nos dias
atuais. Onde existe mais religiosidade do que a verdadeira adoração.
No tempo de Esdras,
antes de começarem a reconstruir o templo, foi preciso uma ação muito importante:
“Quando chegou o sétimo mês, estando já os filhos de Israel nas suas cidades,
ajuntou-se o povo, como um só homem, em Jerusalém. Então se levantou Jesuá,
filho de Jozadaque, com seus irmãos, os sacerdotes, e Zorobabel, filho de
Sealtiel, e seus irmãos; e edificaram o altar do Deus de Israel, para
oferecerem sobre ele holocaustos, como está escrito na lei de Moisés, homem de
Deus. Colocaram o altar sobre a sua base
- pois o terror estava sobre eles por causa dos povos das terras e ofereceram
sobre ele holocaustos ao Senhor, holocaustos pela manhã e à tarde” (Esdras 3.
1-7).
Antes de iniciar a
reconstrução do templo, eles restauraram o altar do holocausto.
O significado disso
para nós é que antes de sermos a casa de Deus, precisamos passar pela cruz de
Cristo, representada pelo altar do holocausto.
Significa dizer
que, somente quando negamos a nós mesmos, rejeitamos nossa própria opinião e nossa
própria vontade, é que estamos experimentando a cruz e nos tornando úteis para
a edificação.
Para quem já se
cansou de ver uma igreja ritualista, farisaica e legalista, e quer edificar a
igreja, precisa entender que para que isso aconteça, antes, porém, é preciso
consagrar-se a Deus: “Portanto meus irmãos, por causa da grande misericórdia
divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício
vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a Ele. Esta é a verdadeira adoração
que vocês devem oferecer a Deus” (Romanos 12. 1).
A expressão como “um
homem”, como podemos ler no livro de Esdras, significa que o povo chegava com o
desejo comum de adorar a Deus... A igreja não é uma lavanderia e nem um
tribunal.
Quanto mais próximo
nos aproximamos Do Cabeça, mas devemos nos comportar como Ele no trabalho de
servir. Às vezes as coisas não mudam porque a pessoa não muda também.
É por isso que já
disse em outra postagem e digo novamente: precisamos de pessoas com um perfil
diferente. Pessoas que não se conformem com coisas mal feitas e nem se
intimidem diante das crises e das dificuldades. Pessoas que se utilizem da
compreensão, da humildade, da perseverança, da motivação, do espírito de
liderança e principalmente do amor.