A Revista Eclésia número 65, do mês de abril,
trouxe uma matéria com o seguinte título: "Ecumenismo de mão única".
Lá diz que o Papa estimula católicos latino-americanos a frear a expansão de
"seitas" no continente.
Diz que o papa já se encontrou com líderes
budistas, islâmicos, judeus, protestantes e animistas, atitudes sem paralelo na
história da Igreja. Mas em setembro passado a Santa Sé lançou um documento
chamado “Dominus Iesu”. Onde afirmava ser a fé católica a única confissão
religiosa legítima.
No dia 23 de março deste ano, o papa João
Paulo II radicaliza mais uma vez, convoca os católicos latino-americano a
"lutar contra as seitas, que constituem um grave problema ao esforço de
evangelização - É necessário uma ação pastoral decidida".
O fato é que ele está com medo do crescimento
das igrejas evangélicas na América Latina. Principalmente as chamadas igrejas
pentecostais.
Para o papa as denominações evangélicas são:
"lobos famintos que provocam discórdia e divisão em nossas
comunidades". Na América Latina o cristianismo cresceu 375% nas últimas
duas décadas. E um senso realizado pelo IBGE aponta para a possibilidade do
Brasil deixar de ser um país católico em meados deste século.
O que eu quero mostrar com isso? A missão da
Igreja.
O Senhor Jesus deixou uma ordem a todos os
que creem: "Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda
criatura" (Marcos 16. 15).
O apóstolo Paulo diz que: "estes por
amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho" (Filipenses 1. 16).
Paulo defendia, lutava a favor de um ideal
colocado por alguém, esse alguém é Jesus. Ele queria as mesmas coisas que lhe
foi mostrado e aceitou como verdade. Paulo ansiava passar essas verdades a
outros. Queria compartilhar da sua alegria.
O que defendemos? "estes por amor,
sabendo que fui posto para defesa do evangelho" (Filipenses 1. 16).
O evangelho que foi anunciado por Jesus. Que
fez Ele ir à cruz, ser maltratado, ser humilhado, e derramar o seu sangue. O
evangelho de boas-novas, de vida eterna, de salvação, de reconciliação com
Deus.
O que é preciso para isso?
Coragem para enfrentar os problemas, as
provações e alegria de saber que o nome de Cristo está sendo pregado. (Filipenses
1. 15-18). Paulo sofria na prisão, corria o risco de morrer (Filipenses 1. 20),
tudo para defender a verdade do evangelho "no meio de tantas verdades
religiosas" , e ele considerava isso como lucro (Filipenses 1. 21), se
morresse estaria com Cristo, vivendo continuaria sua obra e vendo os frutos
dela (Filipenses 1. 22).
Qual é a motivação para tal realização? O que
levava Paulo a agir de tal forma? "estes por amor, sabendo que fui posto
para defesa do evangelho" (Filipenses 1. 16).
Era a certeza que Cristo ressuscitou. A
certeza do seu amor, “Ele nos amou primeiro” (1 João 4. 9). Essa era a
motivação de Paulo: Amor e gratidão pela sua salvação (Filipenses 1. 19a), uma
salvação que foi conquistada numa cruz, e que está a disposição de quem crer e
obedecer aos mandamentos de Cristo.
Mas que tipo de fé é essa?
Não é uma fé cega e tola, pois Paulo sabia em
quem cria. Hoje existem fatos registrados de pessoas que presenciaram tais
fatos. Paulo usa o seu intelecto, sua mente, em prol de um verdadeiro amor.
"Sei em quem tenho crido" (2 Timóteo 1. 12). Paulo não se baseava em
emoções e sim no saber.
Era uma alegria crescente dentro do apóstolo,
que fazia com que essa se explodisse em palavras de fé, gestos de amor, devoção
a Deus.
Para se ter os mesmos resultados que Paulo
conseguiu é preciso uma unidade de fé e propósito na Defesa do Evangelho. É
preciso o povo de Deus se unir e deixar as contendas, as invejas e buscar o
ideal de Cristo no “Ide” que Ele nos deixou.
Uma equipe de Fórmula 1 leva de 7 à 10
segundos para abastecer, trocar pneus, limpar o para-brisa, dar água ao piloto,
apertar parafusos e deixar o carro pronto para voltar as pistas. A equipe que
passar desse período pode já se considerar fora da partida. É preciso um
trabalho de equipe unida e determinada a obedecer a sua parte no trabalho.
Mensagem pregada na
Congregação Presbiteriana em Santa Isabel, em 2001. Baseada no texto de
Filipenses 1. 15-22.