Esta mensagem fala daqueles que são
desamparados na vida e recebem o Socorro de Deus. É uma mensagem que tem a ver com o dia-a-dia da experiência humana,
com o ato da sobrevivência, com a busca de encontrar um recurso de manter os
sonhos da vida realizável, pois dentro do contexto dessa família o homem da
casa havia morrido.
Aqui encontramos dois personagens importantes
são eles:
A mulher que foi casada com um homem de Deus,
esse faleceu. E na tentativa de sobreviver, pois a vida continua, ela se endividou.
E vai então procurar ajuda a outro homem de Deus (2 Reis 4.1).
O segundo personagem é Elizeu. Ela a
princípio tenta fugir do compromisso: “Que te hei de fazer?” (2 Reis 4. 2). Mas
ele entra num bom senso, pensa outra vez e pergunta: “Dize-me o que tens em
casa.” (2 Reis 4. 2).
O que podemos tirar para nós nos dias de
hoje?
Se eu perguntar: Existe alguém devendo?
Alguém que tenha dívidas? Você precisa de um milagre, uma intervenção de Deus
em sua vida?
Possivelmente a maioria diria que sim. E eu
direi que só existe Um que pode fazer o escasso se tornar abundante: O Senhor
Deus!
E você certamente irá querer saber como podemos
conseguir esse milagre.
Mas, primeiramente é preciso entender que
para Deus o milagre é apenas uma possibilidade divina. Para mim é difícil, mas,
para Ele não, pois faz parte da Sua natureza.
Então você poderá querer saber se existe
algum elemento que pode ajudar para que esse milagre possa ocorrer. O texto nos
mostra pelo menos quatro:
O primeiro deles é a realidade, está no verso
1. É ser capaz da realidade, das constatações, dos fatos reais. Alguém que
precisa de um milagre, precisa ser capaz de admitir que não existe outros meios
de solucionar os seus problemas. A realidade era esta, o marido havia morrido, ela
estava devendo, chegou o credor, e seus filhos seriam levados. Comece a admitir
que você precisa mesmo de um milagre, não se engane. Não tenha vergonha, não
queira usar da pseudo-espiritualidade dizendo que tudo está bem.
Em segundo é preciso a positividade, veja a
parte B do verso 2: “Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de
azeite.” O realismo dela não impedi a
possibilidade da positividade. “Quem sabe o que eu tenho, pode ser maior e
melhor se Deus chegar e tocar?”. É preciso reconhecer o que eu tenho, o que
restou na botija. Avalie o que restou do relacionamento com os filhos, com o
cônjuge. O que está ao meu próprio alcance? É isso que você deve apresentar
para Deus para que Ele venha agir.
Em terceiro, é preciso me preparar para ter tudo
o que posso ter, veja o que o homem de Deus disse a mulher: “Vai, pede
emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas” (2
Reis 4. 3). Isso é Ter uma visão de fé, preparar a mente, o coração, o
ambiente, os espaços, a atitude do que a realidade será para mim, e não aquilo
que tem sido hoje. Busque as vasilhas, faça sua parte e você vai experimentar a
intervenção de Deus em sua vida.
E por último é preciso trabalho e fé. O verso
5 nos mostra que a mulher montou uma linha de produção e começou a fazer o que
o profeta havia lhe falado. O resultado foi que ela conseguiu quitar sua dívida
e ainda lhe restou o suficiente para ela continuar a vida.
Porque é possível esse milagre acontecer em
nossa vida, nos nossos dias? Pelos seguintes motivos:
Espere tudo de Quem tem tudo. Ofereça tudo o
que você tem a Quem tem tudo o que você não tem. Creia que assim fazendo, você
terá mais do que você precisa. Quando isso acontecer dê ao milagre um fim
proveitoso: “vai pague a dívida e você e seus filhos vivam do que sobrar”.
Às vezes não conseguimos nada pelo fato de
agirmos diferente de tudo isso: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o
gastardes em vossos deleites.” (Tiago 4. 3).
Mensagem pregada na
Congregação da 3ª Igreja Presbiteriana em São Cristovão, em 08/09/1999. Baseada
no texto de 2 Reis 4. 1-7.