Para a psicologia, toda ação possui
determinantes, que são seus antecedentes causadores. Todo comportamento tem uma
causa.
O modo como enxergamos a vida pode ter
determinantes históricos ou atuais. Pode ser o resultado de um passado onde as
forças ambientais atuaram em sua formação de maneira terrivelmente destruidora.
Mas além de determinantes históricos ou do
passado, pode existir também, causas e motivos atuais bem significantes, para
que enxerguemos a vida da forma como enxergamos.
Vejamos um exemplo bíblico:
"Felipe achou a Natanael, e disse-lhe:
Acabamos de achar aquele de quem escreveram Moisés na lei, e os profetas: Jesus
de Nazaré, filho de José.", Perguntou-lhe Natanael: “Pode haver coisa bem
vinda de Nazaré?” Disse-lhe Felipe: “Vem e vê." (João 1. 45,46).
Nazaré tinha péssima reputação. E
acreditava-se que da Galiléia não vinha nenhum profeta.
Os motivos podem ser do ponto de vista
objetivo, irrelevantes, mas do ponto de vista da pessoa que está agindo, podem
ser muito fortes.
Em cada momento cada um de nós poderá estar
na iminência de fazer a atividade A, B ou C. Qual a que será empreendida? A
atividade realizada será aquela que corresponde ao motivo mais forte, isto é,
ao impulso mais forte.
Por que estou falando essas coisas?
Porque nem sempre conhecemos os motivos que
nos impele a certas ações. Como adoradores, devemos ouvir os ensinamentos de
Jesus e praticá-los: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as
conheço, e elas me seguem" (João 10. 27).
Como adoradores, nosso lugar no mundo deveria
de ser, louvar a Deus em tudo o que fizermos. "Portanto, quer comais quer
bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus".
(1 Coríntios 10. 31).
Para entendermos nossa motivação, precisamos
saber que o que move essa motivação são as nossas necessidades.
Lembram-se das palavras de Jesus? "Não
necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos." (Mateus 9. 12).
O que vem a ser Necessidade? É uma carência, ou
falta de algo.
Nós conhecemos os ensinos da Bíblia que nos
mostra a maior necessidade do homem. Seu arrependimento do pecado, seu retorno
a Deus e sua Salvação.
Quero mostrar o ciclo das necessidades e dos
motivos, que é o seguinte: A necessidade é a falta de algo. Esta determina um
desequilíbrio. Este provoca tensões que impelem a ação. Estas tensões chamam-se
motivos. Estes motivos determinam a ação ou o comportamento na direção do
objetivo. Ao terminar a necessidade, surge satisfação.
Outro exemplo bíblico:
"Nossos pais adoraram neste monte, e vós
dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar." (João 4. 20). A
mulher tinha algumas necessidades, buscava satisfação pessoal, afetiva e
possivelmente protetora. Tinha uma religião mas essa não a satisfazia
plenamente, como certamente a sua união conjugal.
Veja o que Jesus diz: "Eis que estou à
porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua
casa, e com ele cearei, e ele comigo." (Apocalipse 3. 20).
A consequência de ouvir essa voz, abrir a
porta, deixar entrar e seguir a Jesus é: ADORAÇÃO. "E muitos samaritanos
daquela cidade creram nele, por causa da palavra da mulher" (João 4:39).
Algumas pessoas aprendem a falar como
crente, a cantar como crente, a ler a Bíblia, a ir à igreja, a orar, mas, não
conseguem adorar a Deus. Isso acontece porque mudar o mundo exterior é muito
rápido. Mas mudar a alma é demorado.
Outros dizem que Deus não existe, pelo fato
de não poder vê-lo. Por isso vivem a torto a direito.
Mas é bom analisarmos da seguinte forma: Partir
do princípio que Deus existe. Pois, se Ele não existir nenhum problema
enfrentaremos, morreremos e tudo se acaba. Mas se Ele existir, teremos que
prestar contas a Ele.
"Ora nós, que somos fortes, devemos
suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos." (Romanos 15.
1).
A emoção é algo muito forte e contagiosa, e a
emoção negativa também é. Precisamos buscar um equilíbrio emocional, o domínio
próprio, como nos ensina o apóstolo Paulo em Gálatas 5. 23, para sabermos lidar
com as pessoas que são fracas, desequilibradas, e para vivermos bem com as
pessoas.
"Se for possível, quanto depender de
vós, tende paz com todos os homens." (Romanos 12:18).
Adoração tem haver com a minha disposição,
minha motivação em agradar a Deus. Não somente pelo que Ele nos faz, mas por aquilo
que Ele é.
Mensagem pregada na Comunidade Presbiteriana Betânia. Texto baseado em João
4. 20-23 em 16 de abril de 2005.