“Então saiu e, segundo o seu costume, foi
para o Monte das Oliveiras; e os discípulos o seguiam. Quando chegou àquele
lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação. E apartou-se deles
cerca de um tiro de pedra; e pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se
queres afasta de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a
tua” (Lucas 22. 39-42).
Certa vez, caminhando de Cafarnaum, após
tomar a ceia com os discípulos (Lucas 22. 14–20); ter ensinado aos discípulos
sobre o maior no reino de Deus (Lucas 22. 24–27), o Senhor Jesus se dirigiu
para o pé do monte Hermon em Cesaréia de Filipe. Caminhava com os discípulos
por um caminho quase desértico. Ocupado apenas por pequenas vilas na planície.
Quando então, longe das multidões Ele pergunta aos discípulos: “O que dizem
sobre mim as multidões?” (Mateus 16. 13). Então responderam: “Uns dizem que és
João Batista; outros Elias, e outros Jeremias, ou alguns dos profetas.” (Mateus
16. 14). Jesus continuou: “Mas, vós, quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16. 15).
Simão Pedro então responde: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mateus 16.
16). Então Jesus lhe afirmou: “Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não
foi carne ou sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus.” (Mateus 16.
17). E Jesus argumentou: “O Filho do homem vai ser morto, vai dar a sua vida,
vai ser massacrado. Mas vai ressuscitar ao terceiro dia.” (Mateus 16. 21).
O Senhor Jesus tinha plena consciência de
quem Ele era e de sua missão.
Nesse texto, aprendemos que o verdadeiro amor
sempre custa alguma coisa. Para Deus custou-lhe o Filho; para Jesus, custou-lhe
a vida. Amar significa estar disposto a entregar tudo pela pessoa que se ama.
Jesus nos ensina nesta sua atitude o
seguinte:
Em primeiro lugar, quando o amor está no
controle de tudo, nós escolhemos certas coisas por causa dos valores delas, e
não apenas porque nos trazem alguma vantagem pessoal: "Pai, se queres,
afasta de mim este cálice” (Lucas 22. 42 a).
Em segundo lugar, o amor leva em consideração
o preço a ser pago, e não procura interferir nos planos de Deus para nossa
vida: ““... Contudo, não seja feita a minha vontade...“ (Mateus 22. 42 b).
Em terceiro lugar, mesmo diante da dor,
existe uma confiança ilimitada em Deus que lhe impulsiona a fazer a Sua
vontade: “... Mas a tua” (Mateus 22. 42 c).
Esta é uma prova muito difícil, mas cada um
deve estar preparado para enfrentá-la.
Até que ponto você ama a Deus? Você o ama o
suficiente para abrir mão dos seus interesses? Você tem uma confiança ilimitada
em Deus que, mesmo que doa um pouco, mesmo que você tenha que renunciar seus
bens, caso Ele peça, você ainda será capaz de dizer: “Faça-se a Tua vontade?”
Mensagem pregada na
casa da irmã Simone e Paulo César, na reunião de Oração, em 15/06/1999. Baseada
no texto de Lucas 22. 39-42.