“Contou-lhes
também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer” (Lucas
18. 1).
Este texto de Lucas mostra-nos o dever de
orar sempre e nunca esmorecer. A palavra ‘devemos’ é bastante enfática. Implica
num compromisso muito elevado, com o próprio céu. É um desafio para nós para
fazer-nos orar. Devemos orar e nunca permitirmos que desanimemos.
O lavrador às vezes ara a terra sem nenhuma
vontade de fazê-lo, mas o faz esperando colher o fruto de seus labores.
Portanto, se a oração é uma forma de labor, e nosso trabalho não é vão no
Senhor, será que não devemos orar, mesmo que nossa vontade, no momento, não
seja orar?” (Samuel Logan Brengle.)
Vejamos esta história narrada pela Sra.
Cowman:
“Certo filósofo fez algo que agradou
imensamente ao imperador Alexandre Magno. Ele havia pedido ao imperador que lhe
desse dinheiro, e este lhe deu permissão para retirar do tesouro real a soma
que desejasse pedir. O filósofo solicitou ao tesoureiro, em nome do rei, uma
vultosa quantia, mas este se negou a entregá-la, enquanto não falasse com
Alexandre. O rei ouviu seu tesoureiro e ficou encantado com o pedido do
filósofo, mandando que o dinheiro lhe fosse dado imediatamente. O fato é que,
ao fazer um pedido tão grande, o homem demonstrara que tinha uma opinião
elevadíssima da grandeza, da generosidade e da riqueza do imperador. E se
Alexandre deu em proporção à sua condição de rei, será que o Senhor não nos
dará em proporção à sua condição de Deus?”
Deus atende às nossas orações, quando temos o
cuidado de orar segundo três condições básicas por Ele estabelecidas. E que
condições seriam essas?
A primeira delas é ter uma comunhão viva e constante
com Cristo: “Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em
vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito.” (João 15. 7).
A segunda é ter obediência irrestrita aos ensinos
da Palavra de Deus e ao Espírito Santo: “Amados, se o coração não nos condena,
temos confiança para com Deus; qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a
receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável
à sua vista.” (1
João 3. 21, 22).
A terceira é ter uma fé sem vacilação na sinceridade
e fidelidade de Deus: “Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que
duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá do Senhor
alguma coisa,” (Tiago
1. 6, 7).
E em quarto, é saber que quando aprendermos a
viver de acordo com as promessas da Bíblia, aprenderemos o que significa
receber resposta de oração. Pois o Senhor Jesus diz: “e tudo o que pedirdes na
oração, crendo, recebereis.” (Mateus 21. 22).
Deus tem que ser fiel a sua palavra, e, se
nossa experiência de vida não está de acordo com as promessas divinas, podemos
estar certos de que a dificuldade não está nas promessas, mas em nós. Façamos
um exame interior. Arrependamos de todo pecado cometido. Depois então poderemos
provar a Deus em oração, e aí saberemos o que significa ter poder de Deus. Aí
aprenderemos a orar e obter respostas.
Mensagem pregada na 3a
Igreja Presbiteriana, no Culto de Oração. Em 09/01/1999. Baseada no texto de Lucas 18. 1.