Observemos o seguinte: dois dias já se haviam
passado: “Naquele mesmo dia, dois deles estavam indo para um povoado chamado
Emaús, a onze quilômetros de Jerusalém” (Mateus 24. 13), já não se ouvia mais a
voz que tantas vezes falava de amor: “Que coisas?" perguntou ele. "O
que aconteceu com Jesus de Nazaré", responderam eles. "Ele era um
profeta, poderoso em palavras e em obras diante de Deus e de todo o povo. Os
chefes dos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à
morte, e o crucificaram” (Mateus 24. 19,20). Havia dor e ansiedade, tristeza e
saudade pela ausência de Jesus: “Ele lhes perguntou: “"Sobre o que vocês
estão discutindo enquanto caminham?" Eles pararam, com os rostos
entristecidos”” (Mateus 24. 17). A luz que Ele havia trazido para Jerusalém,
baniu as potestades e destruiu o mal: “e nós esperávamos que era Ele que ia
trazer a redenção a Israel” (Mateus 24. 21a). Mas, prenderam Jesus e o lançaram
numa cruz: “Os chefes dos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para
ser condenado à morte, e o crucificaram” (Mateus 24. 20). Jerusalém outra vez
se via em trevas: “E hoje é o terceiro dia desde que tudo isso aconteceu” (Mateus24.
21b). Havia grande desesperança.
Aparentemente tudo estava perdido, Deus havia
sido derrotado em seus planos.
Observe agora o seguinte, no terceiro dia
essa luz voltou: “Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se
aproximou e começou a caminhar com eles” (Mateus 24. 15), um anjo no sepulcro O
anunciou: “Algumas das mulheres entre nós nos deram um susto hoje. Foram de
manhã bem cedo ao sepulcro e não acharam o corpo dele. Voltaram e nos contaram
que tinham tido uma visão de anjos, que disseram que ele está vivo” (Mateus 24.
22, 23).
"Não temas pois o Cristo a quem
procurais
Nas trevas de um sepulcro não encontrarás!
Dizei aos seus discípulos que Ele
ressurgiu
Em breve estareis juntos de
Jesus."
Talvez em Nazaré, ou em Jerusalém...
Quem sabe, no caminho de Emaús...?
(Sergio
Lopes)
Ainda quando tudo está tão escuro como num
dia de tempestade, nós sabemos que além e acima das nuvens escuras de nossa
aflição e perplexidade, o sol da misericórdia e do poder de Deus brilha e que,
no fim, tudo acontecerá como Ele planejou e determinou para sua glória e nossa
felicidade.
"Varões israelitas, escutai estas
palavras: A Jesus, o nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com milagres,
prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem
sabeis; a este, que foi entregue pelo determinado conselho e presciência de
Deus, vós matastes, crucificando-o pelas mãos de iníquos" - (Atos 2. 22,23).
Mensagem pregada na
Congregação da 3ª Igreja Presbiteriana, em São Cristovão. Baseada no texto de Lucas
24. 3-25 e Atos 2. 22,23. Ano de 2000.