“É necessário que ele cresça e que eu
diminua” (João 3. 30).
Tem muita gente curiosa querendo saber a
resposta para a pergunta: “Qual é o maior brasileiro de todos os tempos?” Fica
a expectativa para se saber qual é a resposta. E o desejo no coração de muitos
de se obter seu nome no topo da lista.
Mas porque isso acontece?
Quando lemos o livro de Daniel no capitulo 3,
podemos ter uma noção clara daquilo que acomete a mente, o coração e a
motivação de muita gente: o desejo de ser reconhecido, de ser colocado no
patamar de deus. O desejo de ser adorado.
Ali encontramos o rei Nabucodonosor mandando
construir uma estátua gigantesca em homenagem a ele e em seguida, convidando
autoridades para que viessem adorá-la: “Então o rei Nabucodonosor mandou
ajuntar os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os
tesoureiros, os juízes, os magistrados, e todos os oficiais das províncias,
para que viessem à dedicação da estátua que ele fizera levantar” (Daniel 3. 2).
O rei Nabucodonosor é uma figura do anticristo. E aqui podemos colocá-lo também
como um representante daquilo que chamamos de a Síndrome de Lúcifer.
A Síndrome de Lúcifer é o sentimento de
engrandecimento, endeusamento, de ser grande, o maior.
Lúcifer é aquele ser que foi expulso do reino
celestial, após desejar ser maior que Deus.
Em nossos dias, milhares de pessoas sonham e
desejam os primeiros lugares. Basta ver as programações de entrega de prêmios
como o “Oscar” e muitos outros iguais a esse. É o desejo de ser grande.
Na televisão homens e mulheres correm atrás
da fama. Esse desejo domina o coração a ponto desses homens e mulheres estarem
disposto a fazer qualquer coisa para serem notados.
Esse mal pode acometer qualquer um. Assim
vivemos uma geração de aparência. Daqueles que parecem ser e não são. De gente
que parece ser rica e não é, que parece ser gente boa e não é, que parece ser
saudável e não é, que parece ser gente bonita e não é, que parece ser bom
político e não é, que parece ser pastor e não é, que parece ser adorador e não
é.
Para Deus o que importa não é a aparência.
Foi isso que o profeta Samuel aprendeu: que Deus não olha para aparência: “E
sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe, e disse: Certamente está perante o
Senhor o seu ungido. Mas o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua
aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque eu o rejeitei; porque o
Senhor não vê como vê o homem, pois o homem olha para o que está diante dos
olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1 Samuel 16. 6, 7).
A sedução da aparência, o desejo do primeiro
lugar, tudo isso acontece porque o diabo trabalha com a mentira, com as trevas,
com a sedução e as emoções. Ao contrário de Deus que trabalha com a verdade, a
luz, o convencimento e a razão.
No livro de Daniel, encontramos o rei
Nabucodonosor usando de intimidação para com as autoridades: “Quem não se
ajoelhar e não adorar a estatua será jogado na mesma hora numa fornalha acesa.
Assim, logo que os instrumentos começaram a tocar, todas as pessoas que estavam
ali se ajoelharam e adoraram a estatua de ouro” (Daniel 3. 6, 7).
O Salmo 95 apresenta um convite à adoração.
Mas a quem adorar?
Os artistas buscam o primeiro lugar! Os
Jogadores buscam o primeiro lugar! As indústrias buscam o primeiro lugar! Os
comerciais de TV disputam entre si e buscam o primeiro lugar! As modelos
disputam o primeiro lugar! Os políticos roubam, mentem e até matam, na disputa
pelo primeiro lugar! No esporte, os atletas disputam o primeiro lugar! Os ricos
deste mundo buscam o primeiro lugar!
Os governantes, os líderes mundiais disputam
o primeiro lugar. Derramando sangue inocente nos conflitos e nas guerras.
Milhares de pessoas estão sendo influenciadas
por Lúcifer, Satanás, o anjo caído na busca do primeiro lugar.
João Batista sabia que ele não era o
Salvador, ele não era o Messias. João Batista conhecia bem o seu lugar e por
isso não temeu, nem se sentiu inferiorizado com a afirmação que fez: “É
necessário que ele cresça e que eu diminua” (João 3. 30).
Mas tarde, Jesus fez a seguinte observação
sobre João Batista: “Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não
surgiu outro maior do que João, o Batista” (Mateus 11. 11).
João Batista sabia que foi Deus quem o
colocou no lugar onde estava. Sua adoração era para Deus, seu trabalho era para
Deus, ele vivia para agradar a Deus. Sua gratidão era para Deus.
João entendia que a gratidão não expressada
era uma forma de rejeição, como o fez o rei Nabucodonosor. Para João Batista,
gratidão era a volta para aquele que lhe ajudou a crescer.
Portanto o reconhecimento vem é de Deus. Não
importa se os homens não reconhecem seu esforço, seu trabalho, sua devoção.
É Deus quem deve receber toda glória. Os
holofotes devem estar voltados é para Ele, o Senhor da Glória.
Aprenda a fazer a seguinte oração: “Senhor,
mesmo que a história não me reconheça, escreva a Tua história com a minha vida”.
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