Há momentos que
passamos por situações complicadas.
São aqueles
momentos que mostram o que de fato existe dentro de nós. Nossas motivações,
nossos anseios, nosso “EU” verdadeiro.
O que tenho
aprendido nesta jornada pelo caminho é que um cristão pode remover montanhas
por meio da fé, pode realizar prodígios e milagres, pode conhecer a Bíblia
inteirinha, pode ter um fantástico conhecimento teológico, pode pertencer a
mais perfeita organização eclesial, pode executar todos os atos rituais, mais,
se não tiver amor, ele jamais existiu para Deus: “E ainda que distribuísse
todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo
para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria” (1 Coríntios
13. 3).
Somos contaminados
com ânimo, ou a falta dele, diante os exemplos de pessoas com quem vivemos e
nos relacionamos com elas, e nos encontros com as pessoas que passam por nós.
Quando a falta de
ânimo ganha uma proporção maior. A falta de amor se torna mais visível.
Começamos atropelar e inverter os valores. Os desejos de nosso coração também
ganham uma proporção maior em direção a essa inversão.
Por exemplo,
podemos está alegres, contentes e satisfeitos com alguma coisa. Mas se alguém
chega com uma noticia como essa: “Este mês você não terá o salário mensal”, ou,
“O chefe não dará o aumento de salário”, tudo muda.
Isso mostra que
tudo está dentro de nós. Na nossa mente, naquilo que nos motiva.
A falta de amor
está dentro de nós, a maldade está dentro de nós. Jesus certa vez disse: “Não
compreendeis que tudo o que entra pela boca desce pelo ventre, e é lançado fora?
Mas o que sai da boca procede do coração; e é isso o que contamina o homem”
(Mateus 15. 17, 18).
A boa noticia, no
entanto, é que Deus preparou um meio para que esse tipo de coisa possa ser
transformado dentro de nós: “Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes
vencido; porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo”
(1 João 4. 4).
Mas é preciso
entender que essa transformação é processual. Não é um passe de mágica. Não é
um estalar de dedos. Basta ler o Salmo 90 para entender que Deus vai operando no
processo de crescer, florescer, cortar e secar. Foi assim também na criação,
ele criou as coisas do primeiro dia, do segundo dia e assim por diante. E diz a
Bíblia que no sétimo Ele descansou.
A transformação que
ocorre dentro de nós exige que a cada dia criemos atitudes de caridade para com
o próximo, atitudes que vão de encontro às necessidades do próximo.
É assim a
experiência da vida dentro do cristianismo, da vida que caminha em direção a
Jesus. Da vida que quer viver agradando a Deus.
Ouvi um pastor
dizer certa vez (Rev. Caio Fábio): “O que é possível para os homens, é
impossível para aquele que não tem bom ânimo”.
Esse processo de
transformação interior é algo trabalhoso, não é algo instantâneo.
A obra de Deus é um
processo artesanal. É algo que faz sentido com a natureza das coisas. É algo
que ganha forma com a palavra do Seu poder.
Tudo está dentro de
nós.
Por isso é importante lembrarmos-nos
de orar: “Senhor,
não deixe nunca que eu seja o maior obstáculo à realização do Teu milagre em
minha vida”.
Quando
oramos e passamos a agir com bom ânimo em direção a essa inversão de valores
que o mundo nos apresenta, começamos a colher os frutos de uma vida que vive
amando. “E no sétimo dia, descansou” (Genesis 2. 2).
Deus
descansou após completar a Sua criação. Nós também poderemos descansar quando
deixarmos que a fé, a esperança e o amor seja a motivação que nos leva em
direção aos relacionamentos que criamos dentro dessa experiência maravilhosa
que é viver.
“Senhor,
não deixe nunca que eu seja o maior obstáculo à realização do Teu milagre em
minha vida”
Ouça a mensagem: