Muitas pessoas não gostam de falar sobre
ajudar ao próximo, muito menos de falar sobre dar ao invés de receber. Isso talvez
se dê pela tão fundida filosofia de levar vantagem em tudo, somado a tão
divulgada teologia da prosperidade.
Jesus foi bem enfático ao dizer: “Porque o Filho do
homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em
resgate de muitos” (Marcos 10. 45).
No evangelho de Marcos Jesus se apresenta
como “diácono”, ou seja, servo.
Na igreja primitiva diácono era aquele que
servia, era uma denominação utilizada para aquele que auxiliava no serviço aos
pobres, viúvas e carentes. Da mesma forma as diaconisas, como era o caso de Febe,
serva da igreja em Cencréia, porto da cidade de Corinto (Romanos 16:1), tinham
a missão de assistir aos pobres e aos enfermos, assim como os diáconos.
Esta palavra está de acordo com os dizeres de
Jesus no sentido de que, o maior no reino de Deus deva ser o menor. Hoje a
palavra tem recebido o sentido de um simples servente, aqueles que auxiliam na
organização da igreja.
Porém, em Isaías 58, ser diácono não consiste
em função e sim, em ser útil ao público: “O jejum que desejo não é este: soltar
as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os
oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar
o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao
próximo? Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a
sua cura; a sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua
retaguarda. Aí sim, você clamará ao Senhor, e ele responderá; você gritará por
socorro, e ele dirá: Aqui estou. Se você eliminar do seu meio o jugo opressor,
o dedo acusador e a falsidade do falar; se com renúncia própria você beneficiar
os famintos e satisfizer o anseio dos aflitos, então a sua luz despontará nas
trevas, e a sua noite será como o meio-dia. O Senhor o guiará constantemente;
satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerá os seus
ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca
faltam” (Isaias 58. 6-11).
A dica do apóstolo Paulo para que o dia possa
nascer feliz é esta: “Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho
árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus,
que disse: 'Há maior felicidade em dar do que em receber'" (Atos 20. 35).
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