Quando Deus criou o
homem no Jardim do Éden, Ele esperava que o homem colaborasse com Ele. Deus lhe
deu consciência e inteligência e o colocou no jardim esperando que ele o cultivasse
e o conservasse. Deus deu ao homem senhorio sobre os animais e chamou o homem
para que desse nome a eles.
Esse é o relato da Escritura, que mostra a
racionalidade do homem. No entanto muitas vezes vemos o homem agindo com
comportamento mais bestial do que humano. O salmista adverte: “Não sejais como
o cavalo ou a mula, sem entendimento” (Salmos 32. 9).
No Éden Deus deu ao
homem a Sua imagem e semelhança, isso inclui a sua forma de pensar e analisar
(Genesis 2 e 3). O homem sabia a diferença, tanto racional como moral,
entre o que era permitido fazer e o que era proibido. Sobre esse fato podemos argumentar
que sendo o homem diferente dos animais, deveria se comportar também
diferentemente. No entanto, às vezes observamos que às vezes os animais superam
os humanos, pois a conduta desses animais é mais humana do que a de alguns
homens. É quando o homem perde o controle: “eu estava embrutecido e ignorante;
era como um irracional a tua presença” (Salmos 73. 22).
A capacidade de
pensar é um dos aspectos mais nobres da semelhança de Deus no homem. Somente o
homem tem a capacidade de entendimento.
A Escritura nos
ensina que quando o homem se desvia do caminho de Deus, ele tem a capacidade de
raciocinar e voltar. Pois diferentemente dos animais, que foram criados para se
conduzirem por seus instintos, o homem foi criado para fazer escolhas
racionais.
Quando o homem age
de forma irracional, agindo por seus instintos, como fazem os animais, ele está
contradizendo sua criação. Está contradizendo sua diferenciação dos animais e
se colocando numa posição igual à deles. Isso deveria ser motivo de vergonha
para o ser humano.
É verdade que a
mente do homem foi afetada devastadoramente pela queda, isto é, pelo pecado.
Isso significa que cada parte de sua humanidade foi corrompida, isso inclui sua
mente.
A depravação total
do homem lhe trouxe uma mente obscurecida: “nos quais o deus deste século cegou
os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do
evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4. 4).
O homem inteiro foi
feito por Deus e o homem inteiro se separou de Deus. Um ser psicossomático, e
não somente a sua vontade. Todo o homem, seu intelecto, suas emoções, sua consciência
e até sua missão de exercer autoridade sobre a terra. Como resultado de sua
alienação, o homem teve todo seu ser afetado profundamente.
Quanto mais o homem
reprime a verdade de Deus, mais fúteis e insensatos se tornam: “entenebrecidos
no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela
dureza do seu coração; os quais, tendo-se tornado insensíveis, entregaram-se à
lascívia para cometerem com avidez toda sorte de impureza” (Efésios 4. 18, 19).