O salmista certa
vez perguntou: “Que posso eu oferecer ao Senhor por tudo o que Ele me tem dado?”
(Salmos 116.12).
Não é vergonhoso mostrarmos
que dependemos de Deus!
Muitas vezes usamos
da evocação, trazendo à memória algo que no passado foi uma aquisição
importante. Algo que armazenamos para quando necessário, trazê-la outra vez a
tona (Lamentações de Jeremias 3. 21).
Certo dia Jesus passava
por uma cidadezinha que ficava ao sul da Judéia. Quem precisava ir da Judéia
para a Galiléia precisava passar por essa província de Samaria.
Jesus sentiu sede e
parou perto de um poço. Mas isso também foi uma oportunidade para que uma
mulher fosse elevada por Ele ao mostrar sua pobreza espiritual, sua fome e sua
necessidade. Nada eleva mais o ser humano do que mostrar essas características
representadas nessa mulher (João 4:1-41).
A crença dessa
mulher estava baseada numa tradição. Em raízes profundas que mostravam as
diferenças religiosas entre os judeus e os samaritanos. Mas nesse encontro com
Jesus, perto de um poço, Ele mostrou a ela uma perspectiva diferente para a
adoração.
Jesus mostrou para
ela que o culto em espírito e verdade não acontece num lugar fixo, não era em
Jerusalém, também não era em Samaria. O que importa não é onde as pessoas
adoram a Deus, e sim como o adoram (João 4. 23, 24).
Adorar a Deus é
viver a vida, de modo que enquanto você caminha pelo caminho da fé, ao ar
livre, onde existe gente que você possa encontrar; você viva com a consciência de
que existe para adorar a Deus, e por isso mesmo busca viver de modo que possa agradá-lo
(Efésios 5. 10).
Esse viver vai
sendo revelado através do sacrifício de um coração humilde, contrito, grato, e
adorador. Uma devoção sincera, de coração, em qualquer hora e lugar.
Ali diante daquela
mulher, encostado no poço, Jesus foi sendo saciado não pela água de dali podia
sair, suas forças foram sendo revigoradas por prestar ajuda espiritual aquela
mulher. Uma carência de sede que se encontra em toda alma carente, pois: “Não
só de pão viverá o homem” (Lucas 4.4).
Esse não é um culto
que acontece num ritual religioso, e sim um culto que acontece numa vida que
expressa a alegria de poder se reconciliar com Deus e por meio Dele, poder se
reconciliar também com os homens.