“Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a
nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele
é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”
(1 João 1.
8,9)
Quando falamos de
confissão, não estamos falando em termos como o entendemos no catolicismo. Onde
uma pessoa entra no confessionário e expõe para o padre os seus erros cometidos.
Quando falamos de
confissão, estamos falando do ato de expressar constantemente diante de Deus a
culpa dos pecados pessoais, os pecados cometidos em comunidade, a também os
pecados específicos.
Mas essa disposição
de confessar só é possível quando nossa consciência é alertada pela Palavra de
Deus, quando o Espírito Santo nos lembra que precisamos obter o perdão de Deus,
e somos constrangidos a purificação mediante a obra de Jesus Cristo.
O apóstolo João
escreve em sua carta: “Estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se,
todavia, alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai; Jesus Cristo, e Ele é a
propiciação pelos nossos pecados” (João1:1-2).
Talvez você
pergunte: “O que devo confessar?”
O livro de Levítico
nos ensina que devemos confessar o pecado que cometemos: “Deverá, pois, quando
for culpado numa destas coisas, confessar aquilo em que houver pecado”
(Levítico 5. 5).
Pode parecer
difícil a princípio você reconhecer que é invejoso, que é maledicente, que tem
dificuldade em perdoar, que se irrita facilmente, que é soberbo e indelicado,
que é egoísta, avarento, que cria contendas, que tem propensão a sensualidade
(lascívia), que sofre de falta de amor, que pratica a apropriação indébita (não
devolve o dízimo), que profana o nome de Deus, que dispensa maus tratos ao
cônjuge e/ou aos filhos, que faz acepção de pessoas, que não sabe ser gente boa
e nem se comportar em comunidade.
O importante é que
você declare a sua culpa para Deus.
Davi enquanto
tentou esconder seus erros sofreu em sua consciência, diz ele nos salmos:
“Enquanto não confessei o meu pecado, eu me cansava, chorando o dia inteiro”
(Salmos 32. 3).
Muitos não
acreditam que possam ser perdoados. Pensam que Deus é vingativo. Que Sua
justiça é fogo consumidor, na verdade é (Hebreus 12. 29), mas tem algo
fantástico na misericórdia de Deus.
Por ser Deus amor
(1 João 4. 8), Ele usa de Sua Graça para propiciar oportunidade ao homem de
reconhecer seu erro e confessá-lo. O mesmo Davi ao entender isso declarou:
“Então eu confessei o meu pecado e não escondi a minha maldade. Resolvi
confessar tudo a Ti, e Tu perdoaste todos os meus pecados” (Salmos 32. 5).
Diante desta Graça fantástica de Deus, João pôde escrever em sua carta:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1. 9).