Há um texto na Bíblia que mostra um pouco da
identidade de Cristo naqueles que são chamados de Seus discípulos.
Quando olhamos para a vida de Jesus não o
encontramos omisso e nem partidário. Ele sabia separar bem o que pertencia aos
homens: “Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que
é de Deus” (Lucas 20. 25); e o que era para a glória de Deus: “dizendo-lhes:
Está escrito: A minha casa será casa de oração; vós, porém, a fizestes covil de
salteadores” (Lucas 19. 46).
Por isso quando olhamos para o texto de
Mateus 5. 13: “Vós sóis o sal da terra”, espera-se que seus seguidores, ou
melhor, seus discípulos sejam como Jesus, que deem sabor à vida, pois: “se o
sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor?” (Mateus 5.
13).
O que define nossa identidade como discípulos
de Cristo é o que fazemos com os ensinamentos que Ele nos passa em Sua Palavra.
Na minha caminhada cristã eu encontro pelo
menos três tipos de comportamentos dentro da igreja.
O primeiro deles é aquele indivíduo que fica de
fora, está alienado de tudo. Não se envolve, nem se relaciona. Ele sabe que: “Assim
também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesmo” (Tiago 2. 17). Todavia,
ele prefere ter uma vida sem frutos, sem bênçãos, prefere passar por aflições e
“ser pisados pelos homens” (Mateus 5. 15) do que produzir sabor na vida do seu
próximo.
Para esse tipo de fé, o apostolo Paulo fala
que todas as atribuições religiosas e de caridade sem a autenticidade do amor
não vale nada (1 Coríntios 13. 1-3).
O segundo tipo, é aquele indivíduo que está
dentro, mas não se envolve. Ele está num ministério, é líder, mas não consegue
encontrar soluções quando os problemas aparecem. Ele cria mais problemas do que
apresenta soluções. Ele espera uma solução imediata, mas sem pagar o preço que
se exige no dia a dia para que algo possa ser transformado.
É o tipo que fica em cima do muro. Para esse
tipo de fé Deus está dizendo: “Assim, porque és morno, e não és quente nem frio,
vomitar-te-ei da minha boca” (Apocalipse 3. 16).
O terceiro tipo é o indivíduo que se envolve
e faz a diferença. É como aquele: “samaritano, que ia de viagem, chegou perto
dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão” (Lucas 10. 33).
Esse tipo de fé entendeu que é necessária uma
mudança de mente: “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente” (Romanos 12. 2). Que não devemos nos adaptar as
normas injustas que o mundo oferece: “Como filhos obedientes, não vos conformeis
às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância” (1 Pedro 1. 14).
Para esse tipo de fé a mudança acontece é no
interior, e não naquilo que se manifesta nos ritos religiosos. “Porque não há
árvore boa que dê mau fruto, nem tampouco árvores má que dê bom fruto” (Mateus
12. 33).
A questão é: “Qual desses tipos eu quero ser?”
A cada dia eu sou confrontado com a imagem de
Cristo em mim. E eu preciso tomar uma decisão e agir.
Como você gostaria de ser conhecido por Deus e
pelos homens?