“Não vos sobreveio nenhuma tentação,
senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do
que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que
a possais suportar” (1 Coríntios 10.13).
Às vezes reclamamos quando estamos em
agonia.
Por questões tão pequenas deixamos de
crer, deixamos de congregar, nos afastamos dos irmãos e nos sentimos a pior
criatura que pode viver na face da terra.
Na sua carta aos coríntios, o apóstolo
Paulo fala de uma tentação, num sentido mais amplo, indicando provas a serem
vencidas. E essas podem ser de qualquer espécie.
O interessante é que Paulo diz que
tudo que eles estavam passando não tinha nada de extraordinário, nada fora do
comum, nada que não pudesse ter um fim. Eles estavam experimentando apenas
aquilo que é comum ao homem, a todo ser humano.
Paulo dizia: “Deus sempre proverá
livramento”.
O que Paulo estava fazendo é dando um
grande consolo aos crentes de Corinto.
A segurança que ele transmite nos seus
versos é uma grande fonte de energia para os crentes. Pois Paulo está ensinando
que a nossa confiança está na fidelidade de Deus.
Por isso quero compartilhar com você
este conto:
Um homem, fazendo um
passeio no parque, encontrou um casulo de uma borboleta.
Como tinha curiosidade
para ver como a borboleta se desenvolveria, levou o casulo para casa.
Um dia, o homem notou
que um pequeno buraco apareceu no casulo.
Ele sentou e ficou
observando a pequena borboleta, que por horas, fazia muita força, tentando sair
do pequeno buraquinho.
Então, depois de algum
tempo, a pequena borboleta cessou sua luta para sair, demonstrando que aquele
ponto era o máximo onde ela conseguiria ir.
Vendo a dificuldade da
pobre criatura, ele resolveu ajuda-la.
Pegou uma tesoura e
cortou fora parte do casulo que faltava para que todo o corpo da borboleta
saísse, e a libertou.
A borboleta, recebendo
esta ajuda extra, saiu fácil do restante do casulo.
O homem notou que o
corpo da borboleta estava inchado e muito pequeno e suas asas trêmulas.
Ele continuou a observar
a borboleta, pois esperava que a qualquer momento as asas ficassem grandes, se
expandiriam para suportar o peso do corpo, e com tempo o mesmo desincharia.
O que ele esperava não
aconteceu.
Ao invés disso, a
borboleta ficou mutilada para o resto de sua existência e nunca voou.
O que aquele homem, na
sua inocência e cuidado não entendeu, foi que o processo da agonia de sair do
casulo, para a borboleta, era necessário.
Passar por aquele
buraquinho foi a maneira que Deus fez para que através dos movimentos, a
borboleta exercitasse a passagem de fluídos pelo seu corpo ainda imaturo,
ficando pronta para voar e alcançar a liberdade fora do casulo.
Algumas vezes este mesmo
processo de agonia é o que exatamente nós estamos precisando em nossas vidas.
Se Deus permitisse que
nós passássemos nossa vida sem obstáculos, ficaríamos aleijados como a
borboleta.
Nós não seríamos fortes
o suficiente e nunca poderíamos voar!
“Porque a nossa leve e momentânea
tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de
glória” (2 Coríntios 4. 17).