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A Impunidade e a Disciplina na Igreja: Uma Reflexão com Base em 1 Coríntios 5:1-13

  A palavra “impunidade” tem se tornado cada vez mais comum em nosso vocabulário, especialmente em tempos onde a violência e o desrespeito às leis parecem estar em ascensão. O Oxford define impunidade como “falta de punição, de castigo”, enquanto o Caldas Aulete complementa ao descrever como “o não cumprimento de uma pena por alguém que cometeu um delito. Estado de tolerância ao crime”. Em um contexto espiritual, a impunidade é igualmente grave e pode ser vista como um desprezo pelas diretrizes divinas de respeito, amor ao próximo e reverência a Deus. O profeta Oséias já alertava sobre isso em Oséias 4:1-2, onde descreve como a desobediência a Deus resulta em uma sociedade desprovida de verdade, amor e conhecimento do Senhor. A impunidade, como consequênciado pecado, não é novidade . Desde os primórdios da humanidade, vemos exemplos de pessoas que, mesmo não enfrentando consequências imediatas por seus atos, não escaparam do julgamento divino. O Salmo 34:16 lembra-nos de que “o ro...

É Um Sonho!

O cavalo cruzou o vale em trotes lentos. Abriram caminho por entre as árvores e chegaram a um local onde um riacho cortava aquele vale.

O homem vestia uma calça de brim desbotado, uma camisa vermelha larga, com estampas xadrez grande e um chapéu branco, nos pés usava uma botina marrom. Então apeou e conduziu o cavalo até aquele riacho.

O cavalo bufou. Era como se estivesse alegre em ter parado ali e está sendo conduzido até aquele riacho de águas frescas.

O homem pegou o seu cantil que estava no alforje, junto à sela do animal. Bebeu um gole de água e olhou para o céu. Não estava um dia ensolarado, e ele deu graças a Deus por isso.

Por um momento ficou admirando o local. Um vale de mata verde, cujo tom se misturava entre claro e escuro. Algumas flores campestres e árvores que deixavam suas sombras refrescarem aqueles que por ali paravam. Era verdadeiramente um lugar muito bonito. Uma verdadeira obra prima feita pelo criador. Como está escrito: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Salmos 19. 1).

Ele colocou novamente o cantil no seu lugar. Esperou o cavalo terminar e o conduziu pelas rédeas até uma árvore onde as amarrou em torno dela.

Tirou o seu chapéu e se deitou por algum tempo ali naquele campo verdejante. O som das águas o deixou relaxado. Era tudo o que ele precisava naquele momento. Um lugar onde pudesse meditar e ao mesmo tempo desfrutar literalmente daquilo que ele considerava o seu Salmo favorito. O Salmo 23: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias”.

O que parecia um sonho se tornava uma realidade tanto objetiva como subjetivamente na vida daquele homem. Ele havia sido levado até um lugar de águas tranquilas e agora estava deitado em pastos verdejantes. E enquanto desfrutava disso tudo, sentia sua alma ser refrigerada com a certeza de que Deus era o seu pastor e isso o confortava. Ele não sabia se havia algum inimigo em sua vida. Talvez sim, ou pode ser que não, pois a natureza humana é egoísta e invejosa, mas algo que ele tinha certeza era que continuaria a ser bondoso e misericordioso dentro de suas possibilidades.

Enquanto ele meditava, seu cavalo bufou, e esse foi o último som que ele ouviu antes de cair num leve sono.