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A Impunidade e a Disciplina na Igreja: Uma Reflexão com Base em 1 Coríntios 5:1-13

  A palavra “impunidade” tem se tornado cada vez mais comum em nosso vocabulário, especialmente em tempos onde a violência e o desrespeito às leis parecem estar em ascensão. O Oxford define impunidade como “falta de punição, de castigo”, enquanto o Caldas Aulete complementa ao descrever como “o não cumprimento de uma pena por alguém que cometeu um delito. Estado de tolerância ao crime”. Em um contexto espiritual, a impunidade é igualmente grave e pode ser vista como um desprezo pelas diretrizes divinas de respeito, amor ao próximo e reverência a Deus. O profeta Oséias já alertava sobre isso em Oséias 4:1-2, onde descreve como a desobediência a Deus resulta em uma sociedade desprovida de verdade, amor e conhecimento do Senhor. A impunidade, como consequênciado pecado, não é novidade . Desde os primórdios da humanidade, vemos exemplos de pessoas que, mesmo não enfrentando consequências imediatas por seus atos, não escaparam do julgamento divino. O Salmo 34:16 lembra-nos de que “o ro...

Mãe



Sabe, mãe,
Eu queria lhe dizer umas coisas
Que ficam assim na cabeça.
A senhora não precisa arrumar tanto a casa,
Nem lavar tanta roupa
Pra saborear um tempinho para brincar comigo.
Lá na esquina tem um monte de pedra,
Um montão de areia e era bom a gente ir prá lá,
Sentar no chão e brincar, não era não?
E com meu amigo Rubinho
Nós podíamos fazer casinha de pedra,
Ponte de madeira velha encontrada no chão
E carrinhos de casca de árvore
E uma folha seca que é um barato!
Depois, podíamos brincar de jogar pedrinhas
No pau da cerca e ver quem acertava
Ou olhar as pessoas passarem
E dizer: - oi, tudo bem?
Era bom, não era não?
Ter um tempo assim sem pressa
Olhar a luz pela janela
E depois ir dormir?
Mãe, me escuta um pouco,
Senta no chão e conta uma história do livro pra mim,
Aquela do menino que vai passaer
Com o vô no trem fazendo
Choc, choc, piui-piuii...
Eu queria viajar de trem,
Saber como era e levar o meu ursinho
E o meu paninho pra se der sono eu poder dormir.
Era bom, não era não, mãe?
A senhora não precisava trabalhar agora e
A gente pode sair tocando banda, a turma toda, por aí.
Eu na corneta, Rubinho no tambor de lata,
Cristina no pandeiro,
Andréia e Roberto batendo palmas e
A senhora, na frente, cantando uma música inventada.
Nós iríamos longe contornando as ruas,
Chamando todo mundo pra nossa festa de alegria.
Era bom, não era não, mãe?
A senhora fazendo bolinhos,
Eu sentado no banquinho
E a gente conversando conversa fiada.
A senhora me dá banho, me enxuga,
Põe a roupa, me deita na cama
E canta pra mim.
Não precisa correr tanto
O ônibus passa outra hora
E eu sou só, sozinho.
Tô aqui sentado mãe.
Tô te esperando pra dizer
Todas estas coisas.
Olha pra mim.
Olho no olho
E me escuta, tá, mãe?

Zilda Vieira.

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