Através dos séculos a religião tem sido
considerada fator importante na preservação da saúde mental do homem.
Se observarmos a
história da medicina, descobriremos que os primeiros psicoterapeutas eram
sacerdotes. E até hoje existe uma relação estreita entre psicoterapia e
religião.
Eu costumava dizer a
meus alunos no seminário que a Igreja é uma comunidade terapêutica e curadora.
Ali os relacionamentos e a vivência das pessoas estão sob a ação do amor e da
Graça Divina.
São muitas as coisas que
nos causam tensão. Seja uma exigência conosco mesmo, com as pessoas, coisas que
acontecem no trabalho, nos relacionamentos, circunstâncias da vida e muitas
vezes até mesmo aquelas coisas que tem a ver com a nossa responsabilidade
cristã.
Existe hoje uma grande
parte da sociedade que está enferma e carente da Graça Curadora de Cristo.
Toda essa tensão somada à
ansiedade causa as conhecidas neuroses. Neuroses são as desordens de sentido e
de movimentos causadas por efeitos gerais do sistema nervoso. Atualmente a
psicologia denomina isso de transtorno mental, pois embora cause tensão, não
interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa.
Bem diferente da psicose que é uma desordem mais severa.
O que eu costumava
deixar claro para meus alunos é a seguinte questão: devemos entender a Igreja
como uma comunidade de fé, adoração e serviço. Mas ela também serve muito bem
como uma comunidade terapêutica e curadora. Pois todos nós que estamos
incluídos dentro dessa comunidade, devemos estar envolvidos nela para
cooperarmos e ajudarmos uns aos outros a suportar e superar suas situações de
crises.
A Bíblia nos apresenta o
seguinte ensinamento: “Irmãos, se um homem chegar a ser surpreendido em algum
delito, vós que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão; e olha
por ti mesmo, para que também tu não sejas tentado. Levai as cargas uns dos
outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. Pois, se alguém pensa ser alguma
coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Mas prove cada um a sua própria
obra, e então terá motivo de glória somente em si mesmo, e não em outrem;
porque cada qual levará o seu próprio fardo. E o que está sendo instruído na
palavra, faça participante em todas as boas coisas aquele que o instrui
(Gálatas 6. 1-5).
Orar, ter empatia, saber
ouvir, ajudar, perdoar, sendo suporte e levando a carga uns dos outros,
estaremos cumprindo o principio ensinado por Jesus, o princípio da Lei da Vida
- Ele veio para nos dar “vida e vida em abundância” (João 10. 10).
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