Para
começarmos nosso assunto hoje, quero primeiro lembrar que qualquer teoria que
considere a expiação como subjetiva, constitui de uma das piores heresias. Em
segundo, que a Expiação expressa a Natureza Divina total.
A
doutrina da Expiação é uma das doutrinas mais vigorosamente atacada. Mas, a
Bíblia apresenta Jesus como o nosso substituto e ensina que Ele nos purificou
de nossos pecados e nos reconciliou com Deus.
Portanto,
seria preciso destruir toda a Bíblia (Gênesis a Apocalipse) para retirar dela a
doutrina da Expiação.
Não tenho intenção de falar sobre
as objeções contra a doutrina da Expiação neste poste, e nem outro depois.
Minha intenção este mês é mostrar os principais aspectos da Expiação. Mas o
estudo é sempre bem vindo. Portanto todo aquele que quiser aprender um pouco
mais, procure esforçar-se, empenhe-se em aprender, para que se adeque ao
seguinte versículo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que
não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Timóteo
2.15).
Então vamos adiante.
1)
O primeiro aspecto da Expiação é que era Sacrificial.
Os unitarianos, que tem em sua
raiz a negação da doutrina da Trindade, bem como o ensino de que Jesus é
simplesmente um ideal ético, ou seja, um grande mestre moral; dizem que não
somos salvos pela morte de Cristo, mas por sua vida. O fato porém é que as
Escrituras enfatizam em toda parte a morte de Cristo como base de nossa
salvação.
A morte de Cristo foi mais do que
a morte de um mártir. Um homem pode se tornar mártir por uma grande causa, mas,
a significação da morte de Cristo é muito mais profunda, do que a de um mero
mártir.
No Velho Testamento existia o
sacrifício de animais, eles eram tipos de sacrifícios de Cristo e tudo o que
eles pudessem significar, a morte de Cristo deve também significar. Esses
sacrifícios representavam sacrifícios pelo pecado. A morte de Cristo representa
um sacrifício pelo pecado.
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira
o pecado do mundo” (João 1.29). Este é apenas um dos vários
versículos sobre o tema. Existem vários.
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2)
Outro aspecto da Expiação é que ela era Expiatória.
Isso significa que na expiação,
Cristo sofreu a penalidade do pecado. Ele cumpriu a lei, satisfez e assegurou a
remissão.
No Velho Testamento existem
provas de que os ritos sacrificiais eram executados e proclamados para a
remissão e o perdão. Basta ler Leviticos 4 e 6 e lá você encontrará a descrição
da Expiação sacrificial pelo pecado.
De repente alguém mais
“espiritual” vai dizer: “Mas você está citando o Velho Testamento.”. Jesus Cristinho, tenha piedade de vós.
A morte de Jesus é a apresentação
no Novo Testamento, com o mesmo sentido dos sacrifícios do Velho Testamento.
Em Levítico 17.11 lemos: “É o
sangue que fará expiação pela alma”
Em João 1.29, lemos: "Vejam!
É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”.
Podemos dizer da seguinte forma:
“Isto é o meu sangue, o sangue do Novo testamento, que é derramado por muitos,
para remissão dos pecados.”
Paulo escreveu aos romanos:
“Sendo purificados pelo sangue, seremos por ele salvos da ira.”. (Romanos 5.9).
3)
O terceiro aspecto da Expiação é que ela é Vicária.
Já vimos esse termo na parte 1
sobre a Soteriologia. Vicário significa substituto. Alguém que toma o lugar de
outro.
Esse aspecto da Expiação é tão
essencial que nenhuma teologia que negue esta verdade, estará apresentando de
modo adequado o significado da Expiação.
Tanto no Velho Testamento, quanto
no Novo Testamento, os textos que descrevem a colocação das mãos sobre a cabeça
da vítima, no caso do Velho Testamento, as oferendas pelo pecado, ensinam a
transferência da culpa para a vítima. Isto é a natureza vicária da expiação.
Por exemplo: “E porá a sua mão
sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito por ele, para a sua
expiação.” (Levítico 1.4).
Isto mostra a imputação da culpa
do ofertante à sua oferta.
No Novo Testamento Cristo é
chamado o Cordeiro de Deus. Se o cordeiro era um substituto no Velho
Testamento, a inferência é que Cristo também seja. Conforme João 1.29.
Em Mateus 20.28, vemos que Cristo
veio para “dar a sua vida em resgate de muitos”. A palavra “de” na expressão “em
resgate de muitos” é “anti” no grego, e sempre significa “em lugar de”, o que
mostra que Jesus deu, a vida como nosso substituto.
O sofrimento vicário é o que se
deve esperar onde exista amor. Portanto, a expiação vicária de Jesus se
harmoniza aos mais elevados princípios na natureza humana, e também está baseada
na natureza de Deus, que é amor.
No próximo mês falaremos sobre
como a Expiação satisfaz as exigências da Justiça ou da Lei.
Até lá.
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