Penso que o cristão deva orar pela motivação
certa. Existem muitos atalhos nos dias de hoje. Muitos oram pedindo um bença, não tem nada de errado com isso;
outros oram para ter prosperidade, como se isso fosse o principal motivo de sua
existência.
Em ambos os casos não existe problema algum,
se o cristão não perder de vista sua principal obra na terra. Pregar a Palavra
de Salvação em Jesus Cristo, e praticar o bem.
As outras duas coisas, ditas anteriormente, são
consequências de se obedecer a Deus.
Irrita-me ver um bando de crente pulando
dentro da igreja pedindo poder. Caindo a torto e a direito. Mas, sem qualquer
intenção de praticar o bem, e sem mudança significativa em seu caráter. Sei que um monte desses cristãos vão torcer o nariz ao ler isso, e vão deixar de ler este artigo. O que só
comprovará que eu estou certo no que estou dizendo.
O que eu posso fazer por eles é orar: Ó Deus,
tende misericórdia de nós pecadores, amém.
A armadilha, principalmente para os mais presunçosos, é se achar bom o suficiente.
Confiar em nossas boas obras nos impede de
confiar na graça de Deus. Isso é bem verdade. É preciso ter humildade para
isso, para que “não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.” (Mateus
6.2).
O evangelista Lucas escreveu sobre o
publicano que “estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao
céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lucas
18.13).
Não é incomum que às vezes nos peguemos
relembrando a Deus tudo de bom que fazemos. É muito fácil cair nessa armadilha.
Às vezes damos a impressão de que Deus tem
sorte de contar com os nossos serviços. Mas saiba que tal atitude nunca é
apropriada.
No texto do evangelista Lucas, o erro do
fariseu não eram suas boas obras. Pois se realmente amamos a Deus, produzimos
boas obras. Não trabalhamos para Ele para obter algum tipo de favor.
A diferença entre o fariseu e o publicano,
era que o publicano percebeu que não atingia as expectativas de Deus, assim
como todos nós.
Ele não ficou lembrando a Deus qualquer de
suas boas obras que pudesse ter feito. Ele não apontou para Deus que havia outros
piores que ele. Ele apenas disse: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!”.
O publicano reconheceu as suas imperfeições.
Ele sabia que necessitava de misericórdia.
Se você é do tipo que sempre vai ao culto
pedindo poder, mas que não pratica o bem ao seu próximo, aprenda essa lição com
esse publicano. Ou com o Mestre: "Em verdade, vos digo: todas as vezes que
fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o
fizestes!" (Lucas 25.40).