Na postagem anterior falamos sobre a
divindade de Cristo, e mostramos as bases para essa crença.
Hoje falaremos sobre a humanidade de Cristo.
Essa para muita gente, talvez seja mais fácil de aceitar.
O Credo cristão formula a natureza de Jesus
como sendo plenamente Deus e plenamente Homem. Ou seja, o Deus encarnado
assumiu completamente a humanidade, tornando-se passível das mesmas limitações
físicas e psicológicas comuns a todos os homens.
Há indicações claras na Bíblia que Jesus era
uma pessoa plenamente humana, sujeito a todas as limitações comuns à raça
humana, mas sem pecado.
O texto a seguir: “O que era desde o
princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e
as nossas mãos apalparam — isto proclamamos a respeito da Palavra da vida” (1
João 1.1), nos mostra que Cristo tinha um corpo humano, podia ser visto,
sentido e apalpado.
Jesus nasceu, cresceu, alcançou a maturidade,
apareceu em forma de homem, comeu, bebeu, teve sede, dormiu, sofreu cansaço, morreu,
foi sepultado, ressuscitou e foi reconhecido pelos seus característicos
físicos.
Em 1 Timóteo 2.5, Ele foi chamado de Jesus Cristo
homem. Assim como também o Filho do homem, semente da mulher, filho de Davi.
O Evangelho
de Mateus menciona os seus antepassados desde Davi, já o Evangelho de Lucas, a
menciona desde Adão.
Lucas menciona um episódio em que Jesus diz
as seguintes palavras: “Vejam as minhas mãos e os meus pés. Sou eu mesmo!
Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo
que eu tenho" (Lucas 24.39).
O autor de Hebreus escreveu: “Portanto, visto
que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa
condição humana” (Hebreus 2.14).
Isso nos mostra, portanto, que Jesus tinha um
corpo.
As Escrituras nos ensinam ainda que Jesus Cristo
também possuía uma alma. A Teologia a chama de “Alma Racional”, uma natureza
humana, isto é, um espírito com seus poderes ou faculdades. Essas faculdades
são: intelecto, sentimento, vontade e consciência.
As Escrituras nos ensina que Jesus amou,
simpatizou, chorou, teve todos os sentimentos próprios de um homem; pensou,
falou, quis, escolheu dessa e daquela maneira, gemeu em espírito e se perturbou.
Veja esses textos das Escrituras:
“Por essa razão era necessário que ele se
tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos” (Hebreus 2.17).
“A minha alma está profundamente triste, numa
tristeza mortal” (Mateus 26.38).
Se Jesus Cristo não tivesse uma alma humana
exatamente como tinha um corpo humano, não poderia ser verdadeiramente um
homem.
No próximo mês falaremos sobre a distinção
entre as duas naturezas.
Até lá.