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Ano Novo: Escrevendo Nossas Páginas de Fé e Esperança

À medida que nos despedimos do ano que se encerra, é tempo de refletir sobre nossas jornadas, nossas alegrias e desafios. Olhamos para trás com gratidão por tudo o que conquistamos e com sabedoria para aprender com nossos erros. À nossa frente, um novo ano se abre como um livro em branco, esperando por nós para escrevermos suas páginas com histórias de amor, esperança e superação.   Que possamos abraçar o futuro com coragem, determinação e fé, lembrando que em tempos de incerteza, nossa fé nos sustentará. Assim como está escrito em Jeremias 29:11: 'Porque eu sei que pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.'   Que em 2024 possamos seguir os planos de Deus, confiando em Sua orientação, e que cada passo que dermos seja um passo em direção à Sua vontade. Que a paz de Deus nos guie, a alegria de Seu amor nos preencha e Sua graça nos sustente ao longo do novo ano. Feliz Ano Novo!".     O amor é

O Redentor - Soteriologia - E.T. - Parte 2

Como prometi no mês passado, hoje estaremos falando sobre o que está envolvido na encarnação de Jesus Cristo.

Antes, porém precisamos nos ater a um fato importantíssimo. É a questão da preexistência de Cristo. Pois ela está envolvida em sua encarnação.

Vejamos o que nos diz as Escrituras sobre este fato: “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus” (João 1.1); “Eu lhes estou dizendo o que vi na presença do Pai, e vocês fazem o que ouviram do pai de vocês" (João 8.38); “Disse-lhes Jesus: "Se Deus fosse o Pai de vocês, vocês me amariam, pois eu vim de Deus e agora estou aqui. Eu não vim por mim mesmo, mas ele me enviou”” (João 8.42); “Respondeu Jesus: "Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!”" (João 8.58); “E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse” (João 17.5); “que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se” (Filipenses 2.6).

Qual é a importância de falar sobre isso?


A importância está em que nosso assunto baseia-se nos textos já apresentados e na pergunta de número 27 do Breve Catecismo de Westminster: “Em que consistiu a humilhação de Cristo?”.

A resposta a esta pergunta é: “A humilhação de Cristo consistiu em Ele nascer, e isso em condição baixa, feito sujeito à lei; em sofrer as misérias desta vida, a ira de Deus e amaldiçoada morte na cruz; em ser sepultado, e permanecer debaixo do poder da morte durante certo tempo.”.

Existia um ensinamento herético primitivo que ensinava sobre a identidade de Jesus Cristo. Estes ensinos se baseavam no pensamento de Ário, que tinha como principal característica afirmar que em virtude de Deus ser um, Jesus não podia ser verdadeiramente Deus. Esse ensinamento se tornou conhecido como arianismo. Ário e seus seguidores, para lidar com os testemunhos das Escrituras, propuseram que Jesus era o mais elevado dos seres criados por Deus. Este ensino foi condenado como herético, em 325 d.C., no Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia.

Se cristo fosse o mais elevado ser criado, ou apenas o mais elevado produto da evolução, sua preexistência desapareceria.

Os arianos criam na existência de Cristo, porém não na sua divindade. Para eles Cristo era um ser inferior a Deus e superior ao homem.

Um aspecto da encarnação é que ela envolve a humilhação de Cristo: “que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se” (Filipenses 2.6).

Outro aspecto é a fé da Igreja sobre o nascimento virginal. Este é o mais antigo credo romano, datado de 100-150 d.C. Ele é chamado de Credo dos Apóstolos, e diz o seguinte: “Concebido por obra do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria”. Por mais de 1.500 anos esta foi a tradição da Igreja.

Houve negações a esta crença mas, deixarei esta parte para o próximo mês, quando mostremos as bases da negação e as provas do nascimento virginal. Por agora atemo-nos apenas aos aspectos da encarnação.


Vimos até agora que o aspecto da encarnação envolve: 1) Cristo é o Messias que havia de vir; 2) Sua preexistência; 3) Sua humilhação; 4) Seu nascimento virginal.

Agora veremos que Sua encarnação envolve também o aspecto de Sua exaltação. Que é a pergunta 28 do catecismo: “Em que consiste a exaltação de Cristo?” – A resposta é: “A exaltação de Cristo consiste em Ele ressurgir dos mortos no terceiro dia; em subir ao Céu e estar sentado à mão direita de Deus Pai, e em vir para julgar o mundo no último dia.”.

Este ensinamento nos apresenta os seguintes pontos: Sua ressurreição; Sua ascensão; Sua permanência à mão direita de Deus; e Sua vinda para julgar o mundo no último dia.

Por último, a encarnação tem relação com a morte expiatória de Cristo. Cabe aqui uma pergunta: “Teria havido encarnação se não houvesse pecado”?

Esta questão pode ser resolvida observando as Escrituras, fonte de nosso conhecimento sobre o assunto: “Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lucas 19.10). Este é o objetivo e o propósito do seu advento.  

Outros textos que confirmam este proposto: “Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gálatas 4.4,5); “Esta afirmação é fiel e digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior” (1 Timóteo 1.15).

Estes são os aspectos envolvidos na encarnação de Jesus Cristo. Sempre houve e sempre haverá aqueles que negam esses aspectos. Como foi o caso de Ário. Ainda hoje, existem aqueles que pensam da mesma forma que ele.

Espero que tenha ajudado você um pouco mais em seu conhecimento da Teologia

Até o próximo encontro.


Leia também:

O Redentor - Soteriologia - E.T. - Parte 1.