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A Impunidade e a Disciplina na Igreja: Uma Reflexão com Base em 1 Coríntios 5:1-13

  A palavra “impunidade” tem se tornado cada vez mais comum em nosso vocabulário, especialmente em tempos onde a violência e o desrespeito às leis parecem estar em ascensão. O Oxford define impunidade como “falta de punição, de castigo”, enquanto o Caldas Aulete complementa ao descrever como “o não cumprimento de uma pena por alguém que cometeu um delito. Estado de tolerância ao crime”. Em um contexto espiritual, a impunidade é igualmente grave e pode ser vista como um desprezo pelas diretrizes divinas de respeito, amor ao próximo e reverência a Deus. O profeta Oséias já alertava sobre isso em Oséias 4:1-2, onde descreve como a desobediência a Deus resulta em uma sociedade desprovida de verdade, amor e conhecimento do Senhor. A impunidade, como consequênciado pecado, não é novidade . Desde os primórdios da humanidade, vemos exemplos de pessoas que, mesmo não enfrentando consequências imediatas por seus atos, não escaparam do julgamento divino. O Salmo 34:16 lembra-nos de que “o ro...

A Doutrina da Eleição - Soteriologia - E.T. - Parte 4

Chegamos a parte quatro da nossa reflexão sobre a Doutrina da Eleição, e hoje nós a veremos sobre o ponto de vista da Teologia Agostiniana, ou quem preferir, Teologia Calvinista.

O Calvinismo é o sistema teológico originado na obra de João Calvino João Calvino foi um dos grandes teólogos e estudiosos da Reforma, viveu entre os anos de 1509 à 1564.


No cerne do pensamento de Calvino, está a soberania de Deus, como se pode constatar na sua obra As Institutas da Religião Cristã. Portanto, o calvinismo tornou-se o desenvolvimento histórico com base nas Institutas.

A teologia Calvinista ensina que a base da eleição se encontra na soberana vontade de Deus. Este ponto de vista foi ensinado e mantido, pelo menos durante bom tempo na história, pelos presbiterianos, pelos reformados, pelos batistas, pelos metodistas de Gales, sendo também a teologia ensinada nos Trinta e Nove Artigos da Igreja Anglicana.

No Breve Catecismo de Westminster temos uma breve apresentação desta doutrina, na pergunta de número 20, onde se pode ler: “Deixou Deus todo o gênero humano perecer no estado de pecado e miséria?”, a resposta é: “Tendo Deus, unicamente pela sua boa vontade desde toda a eternidade, escolhido alguns para a vida eterna, entrou com eles em um pacto de graça, para os livrar do estado de pecado e miséria, e trazer a um estado de salvação por meio de um Redentor.”

Está doutrina é apresentada tanto no Breve Catecismo de Westminster, no capítulo III, como também nos Cânones do Sínodo de Dort.


Para entendermos melhor, a palavra Cânon significa “padrão” ou “regra”. Mas este termo está mais associado à coletânea de livros que a igreja reconheceu como Palavra de Deus escrita, ou seja, As Escrituras.

É, portanto, as Escrituras que faz o papel de regra ou padrão de fé e prática.

Todavia existem tradições cristãs que não concordem plenamente sobre quais livros devam compor as Escrituras. Mas todos concordam em que os 66 livros da Bíblia protestantes são canônicos, e isso faz com que eles tenham autoridade.

Já o Sínodo de Dort, foi uma Assembleia da Igreja Reformada dos Países Baixos, convocada em Dort em 1618-1619 para tratar principalmente das questões da separação entre igreja e estado e também da controvérsia armeniana.

Nessa ocasião o sínodo posicionou-se contra o Armenianismo e elaborou os Cânones de Dort, que confirmavam as doutrinas da depravação total da humanidade, da Eleição incondicional, da Expiação Limitada, da graça divina irresistível e da perseverança dos santos, ou, preservação por parte de Deus.

Caso alguém queira conhecer mais a fundo estas questões, basta simplesmente estudar o Breve Catecismo de Westminster e Os Canones de Dort, para maiores esclarecimentos.

No próximo mês estaremos mostrando as provas tiradas das Escrituras que aprovam a Doutrina Calvinista, como também, algumas objeções a esta doutrina.

Até lá.


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