Chegamos a parte quatro da nossa reflexão
sobre a Doutrina da Eleição, e hoje nós a veremos sobre o ponto de vista da
Teologia Agostiniana, ou quem preferir, Teologia Calvinista.
O Calvinismo é o sistema teológico originado
na obra de João Calvino João Calvino foi um dos grandes teólogos e estudiosos
da Reforma, viveu entre os anos de 1509 à 1564.
No cerne do pensamento de Calvino, está a
soberania de Deus, como se pode constatar na sua obra As Institutas da Religião Cristã. Portanto, o calvinismo tornou-se o desenvolvimento histórico com base
nas Institutas.
A teologia Calvinista ensina que a base da
eleição se encontra na soberana vontade de Deus. Este ponto de vista foi
ensinado e mantido, pelo menos durante bom tempo na história, pelos
presbiterianos, pelos reformados, pelos batistas, pelos metodistas de Gales,
sendo também a teologia ensinada nos Trinta e Nove Artigos da Igreja Anglicana.
No Breve Catecismo de Westminster temos uma
breve apresentação desta doutrina, na pergunta de número 20, onde se pode ler: “Deixou
Deus todo o gênero humano perecer no estado de pecado e miséria?”, a resposta
é: “Tendo Deus, unicamente pela sua boa vontade desde toda a eternidade,
escolhido alguns para a vida eterna, entrou com eles em um pacto de graça, para
os livrar do estado de pecado e miséria, e trazer a um estado de salvação por
meio de um Redentor.”
Está doutrina é apresentada tanto no Breve Catecismo de Westminster, no capítulo III, como também nos Cânones do Sínodo de Dort.
Para entendermos melhor, a palavra Cânon
significa “padrão” ou “regra”. Mas este termo está mais associado à coletânea
de livros que a igreja reconheceu como Palavra de Deus escrita, ou seja, As Escrituras.
É, portanto, as Escrituras que faz o papel de
regra ou padrão de fé e prática.
Todavia existem tradições cristãs que não
concordem plenamente sobre quais livros devam compor as Escrituras. Mas todos
concordam em que os 66 livros da Bíblia protestantes são canônicos, e isso faz
com que eles tenham autoridade.
Já o Sínodo de Dort, foi uma Assembleia da
Igreja Reformada dos Países Baixos, convocada em Dort em 1618-1619 para tratar
principalmente das questões da separação entre igreja e estado e também da
controvérsia armeniana.
Nessa ocasião o sínodo posicionou-se contra o
Armenianismo e elaborou os Cânones de Dort, que confirmavam as doutrinas da
depravação total da humanidade, da Eleição incondicional, da Expiação Limitada,
da graça divina irresistível e da perseverança dos santos, ou, preservação por
parte de Deus.
Caso alguém queira conhecer mais a fundo
estas questões, basta simplesmente estudar o Breve Catecismo de Westminster e
Os Canones de Dort, para maiores esclarecimentos.
No próximo mês estaremos mostrando as provas
tiradas das Escrituras que aprovam a Doutrina Calvinista, como também, algumas
objeções a esta doutrina.
Até lá.
Leia também: