O que temos aprendido nas igrejas hoje? Que
somos poderosos, que podemos fazer todas as coisas, que somos seres prósperos e
que nenhum mal é capaz de nos atingir.
As promessas são tantas que muita gente é
persuadida por elas. Tornam-se membros dessas igrejas na esperança de uma hora
pra outra o milagre da prosperidade bata a sua porta. E quando não bate?
Então começam os dilemas daqueles que se
deixaram persuadir por essas esperanças, sem mesmo darem a oportunidade de se
converterem a Cristo.
Salomão, o maior sábio que já existiu por
sobre essa terra disse certa vez: “Quem é fraco numa crise é realmente
fraco.” (Provérbios 24.10). Esta é uma palavra de Deus para você e para
mim.
Estamos passando um momento de crise em nosso
país. Crise que parece não ter um fim tão próximo. E campanhas estão sendo
feito tanto em igrejas como em empresas, na expectativa de que as coisas
melhorem. A diferença é que as empresas parecem ter mais consciência da
realidade do que as igrejas. As igrejas vivem num manto de mistério místico,
como se Deus fosse obrigado a tira-la da terra, tornando-a um ser angelical e
livrando-a dessa crise.
Já as empresas ensinam que o verdadeiro líder
se conhece na crise.
Como aquelas tempestades em alto mar, as
crises vêm e vão. E é nessa hora que se conhece o verdadeiro marujo. Pois o que
se espera do marujo é que ele se faça útil. Ou seja, que ele seja capaz de
apertar o cinto, agregar valores, e pensar em solução para driblar a crise. Ele
não entra em pânico, nem em devaneios, nem pensa de forma pessimista.
O que as empresas querem passar com essas
informações é que, em períodos de instabilidade, é preciso ser resiliente. Não
se deve intimidar e não se deve desistir. Pois as oportunidades são escassas e
quem chega primeiro “bebe água limpa”.
Vejamos um exemplo do Mestre dos mestres.
Quando a vida colocou uma cruz diante de
Jesus, Ele tomou o que de pior lhe podia acontecer e a transformou no que de
melhor poderia ocorrer ao mundo.
A cruz significa pecado, não há outra
interpretação para ela, a cruz é exclusivamente pecado. No entanto, Jesus a
transformou em instrumento de redenção do pecado.
A cruz era ódio, e Jesus a transformou em
revelação do amor.
A cruz representava a privação da vida, Jesus
a transformou na palavra mais nobre para a redenção proclamada por Deus.
Jesus não correu da crise. A cruz foi a Sua
crise. Ele não apenas a suportou, como a utilizou!
Se no Cristianismo existe uma cruz em seu
centro, não é simplesmente para oferecer mero consolo, nem simplesmente para estancar
as lágrimas. Mas para nos fazer entender que foi na cruz que Jesus nos ofereceu
poder moral e espiritual, que transforma tristeza em cântico, e o Calvário em
manhã de Páscoa.