Na postagem anterior eu disse que a proposta
do Evangelho é nos proporcionar vida e paz. Mas o que encontramos em muitos
casos são pessoas cansadas, desanimadas, frustradas dentro de suas igrejas.
Muitos desses são líderes dentro de algum
ministério. Que obedecendo às ordens de seus pastores, bispos ou apóstolos, são
obrigados a “dar o couro” para atingir alguma meta, para mostrarem que são de
fato chamados para o ministério ou qualquer coisa semelhante a isso.
E como eu também disse anteriormente, aquilo
que muitos atribuem ao Espírito Santo não passa de uma experiência puramente
humana, carnal, que nada tem haver com o sobrenatural. É sua catarse, que tem
como finalidade despejar do íntimo as reprimidas depressões, tensões ou emoções
dos estados psíquicos, que muitas vezes são resultantes da própria opressão
dentro de suas igrejas.
Hoje não temos mais aquele lugar secreto do
qual Jesus falou (Mateus 6. 6). Não temos aquele lugar que a gente para, e sossega.
Pois há dentro muita gritaria interior, e isso em muita gente é muito forte. O
vozerio interno é muito perturbador. A maioria não sossega e nem se acalma. E
por isso tem necessidade de explodir, gritar, urrar, esbravejar, contorcer-se
em gestos convulsos, pular, dar soco no ar ou qualquer outro tipo de
esquisitices, onde encontra seu alívio, ainda que passageiro, e por esse motivo
há necessidade de repetição constante. É passageiro porque é emocional. As
emoções são passageiras.
Quando não há esse tipo de manifestação a
pessoa chega ao lugar que deveria ser o lugar de adoração e continua viajando
por aqui e por lá. Não encontra paz. E para essa pessoa, o culto passa a ser um
apelo muito parecido a uma reunião comum como a de um grupo social, como o
Rotary por exemplo.
É preciso parar de tentar fazer de tudo, faça
menos. Pare até mesmo com as boas atividades e faça somente o que for o mais
importante. Não podemos confundir atividade com produtividade.
No início deste texto eu disse que há muitos
líderes cansados dentro de suas igrejas, o que nos cansa é o trabalho sem
sentido e não o excesso de trabalho.
Quando se tem um foco, e se faz somente
aquilo que Deus quer que você faça isso não nos esgota. Pois Deus está muito
mais interessado em quem você é do que no que você faz.
Parar tudo aquieta a mente, ajuda a focar em
Deus, na graça e no que ela tem feito em nós.