Na postagem anterior, observamos que o que
tem enchido o mundo de miséria é o fato de o pecado existir desde os dias de Adão
até hoje. Esse é um dos mais óbvios e persistentes fatos na história da raça
humana.
Basta olharmos ao redor e perceberemos lares
arruinados, cenas de carnificina nos campos de batalhas e nas cidades, ébrios
que cambaleiam pelas ruas, e criminosos atrás das grades de uma prisão. Tudo
isso nos apresenta a evidência do pecado.
Mas, o que é pecado?
A resposta para esta pergunta se pode
encontrar na resposta do Breve Catecismo pergunta 14: “Que é pecado?”
“Pecado é qualquer falta de conformidade com
a lei de Deus, ou qualquer transgressão dessa lei”.
Esta é uma boa definição, pois, inclui os
elementos e os termos exatos apresentados nas Escrituras:
1 João 3. 4: “Pecado é iniquidade”, isto é,
transgressão da lei.
1 João 5. 17: “Toda a iniquidade (injustiça)
é pecado”.
Fica claro que tanto a transgressão, como a
falta de conformidade são ambos pecado. Nesta definição reconhecemos tanto a
deficiência humana, como o padrão objetivo da lei moral.
A verdadeira natureza do pecado é oposição a
Deus. É isto que torna o pecado realmente pecaminoso. Não são as limitações,
nem o egoísmo, e nem o sensualismo, mas a desarmonia com Deus e a oposição às
suas perfeições.
Se não houvesse a lei de Deus expressando as
suas perfeições, e mostrando o padrão para a vida moral, não haveria qualquer
pecado, nem também qualquer bem moral.
Quando falamos da lei de Deus estamos falando
da lei escrita e da consciência.
Portanto pecado não é a corrupção da
substância da alma. Não é a mistura de alguma substância com a alma. Pois mesmo
depois da queda a alma do homem ainda continuou a ser uma substância
espiritual, e habitando um corpo.
O pecado é, porém, a corrupção das faculdades
e especialmente do caráter moral da alma. Tem relação para com a lei de Deus. É
um afastamento de Deus e de sua lei. O pecado inclui polução (poluição) e
culpa. E a culpa por sua vez abrange duas ideias: merecer reprovação ou censura
e estar sujeito ao castigo.
E aqui fica um esclarecimento importante:
Jesus ao assumir nossa culpa, tornou-se sujeito ao castigo, mas não mereceu
censura ou reprovação.
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