O Senhor Jesus contou a parábola do Filho
Pródigo para falar aos fariseus e escribas, que eram os lideres religiosos de
seu tempo, pois esses se escandalizavam por Ele falar com os publicanos e
pecadores, que eram os marginalizados.
Suas parábolas eram repletas de ensinamentos
práticos daquilo que acontece no céu e da relação entre o homem e Deus.
As parábolas da ovelha perdida e da dracma
perdida mostram a alegria que o homem sente quando acha algo precioso e que lhe
pertence, e que por algum motivo ele tinha perdido.
Com isso Jesus está mostrando que no céu
também é assim quando um pecador se arrepende.
A relação entre o homem e Deus é mostrada
nessa parábola do Filho Pródigo.
Nessa parábola Jesus nos ensina:
A situação do homem quando está com Deus, ele
é filho e possui bens. Isto é, o homem tem união com Deus e recebe bênçãos. Mas
também nos mostra como é o coração do homem em relação ao mundo, pois há o desejo
de conhecer e a aptidão para o pecado.
Jesus não esconde o que o mundo nos oferece,
pois a nossa espera estão as flores, a alegria, os prazeres e o status. No
entanto nos é apresentado também às decepções que o mundo nos dá, como fome, necessidades,
desilusão, vícios, doenças e morte.
Jesus nos fala da necessidade da conscientização
do erro e o desejo de perdão. É necessário reconhecer que onde está, ou seja,
no pecado, não é o seu lugar. Então Ele fala da volta humilde e arrependida. Da
necessidade de dar o passo em direção ao Pai com coração quebrantado. E por fim
o perdão do Pai, Ele está sempre a espera que alguém lhe pesa perdão e ajuda.
Mas Jesus não para por aqui. Ele ainda tem
algo a falar, e tem haver com a revolta dos que pensam ser bons. Aqueles que não
compartilham com pecadores porque se acham bons.
Uma vez Jesus falou que aqueles há quem muito
se perdoa esses muito amam, mas aqueles há quem pouco se perdoa, esses pouco
amor mostram (Lucas 7. 47). Em outra ocasião Ele disse que veio para os
enfermos e não para os sãos (Mateus 9. 12).
Por isso os fariseus e escribas tinham inveja
dele.
Para concluirmos:
Com esse texto nos podemos aprender o
seguinte: a justificação é o poder de Deus para tornar justo todo àquele que
sai de sua presença, que entra por caminhos estranhos, mas que se arrepende e
volta-se para Ele novamente. (1 Pedro 1. 5; 2 Coríntios 13. 4). Pois Deus é o
único que conhece nosso coração, no interior, e sabe dos nossos sentimentos
(Salmos 139. 1; 1 Crônicas 29. 17).
Aprendemos que justificação é ser capaz de se
tornar limpo pelo poder de Deus, e poder se apresentar diante de Seu Trono sem
pecado. Pois é o Senhor mesmo quem limpa (Tito 2. 14). Mesmo que os homens não
acreditem, não aceitem, achem que é uma loucura (1 Coríntios 1. 18), o Senhor é
fiel e justo para aquele que invoca o Seu nome (1 João 1. 9).
Todos nós podemos ser em algum momento, um
filho pródigo.
Mas
Jesus mostrou na parábola que o Pai está sempre de braços abertos, pronto para
se encher de compaixão para nos receber com abraços e beijos; “Estando ainda
longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou
e beijou” (Lucas 15. 20).
Que o Senhor nos abençoe.
Mensagem pregada na
Congregação Presbiteriana em Santa Isabel, ano de 2001. Baseada no texto de
Lucas 15. 11-32.