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A Impunidade e a Disciplina na Igreja: Uma Reflexão com Base em 1 Coríntios 5:1-13

  A palavra “impunidade” tem se tornado cada vez mais comum em nosso vocabulário, especialmente em tempos onde a violência e o desrespeito às leis parecem estar em ascensão. O Oxford define impunidade como “falta de punição, de castigo”, enquanto o Caldas Aulete complementa ao descrever como “o não cumprimento de uma pena por alguém que cometeu um delito. Estado de tolerância ao crime”. Em um contexto espiritual, a impunidade é igualmente grave e pode ser vista como um desprezo pelas diretrizes divinas de respeito, amor ao próximo e reverência a Deus. O profeta Oséias já alertava sobre isso em Oséias 4:1-2, onde descreve como a desobediência a Deus resulta em uma sociedade desprovida de verdade, amor e conhecimento do Senhor. A impunidade, como consequênciado pecado, não é novidade . Desde os primórdios da humanidade, vemos exemplos de pessoas que, mesmo não enfrentando consequências imediatas por seus atos, não escaparam do julgamento divino. O Salmo 34:16 lembra-nos de que “o ro...

A Adoração a Deus

Todas as vezes que pensamos que estamos agindo certo, Deus nos surpreende.

Enquanto pensamos que nossas tradições, idealismos, filosofias e doutrinas são as corretas; e enquanto brigamos sobre lugares sagrados e onde se deve adorar a Deus, se uso ou não uso, se pode ou não pode; Deus está interessado é na atitude do adorador.

Essa é uma das lições que aprendemos com o Senhor Jesus na conversa coma mulher samaritana.

Vejamos o seguinte:

Os samaritanos e os judeus contendiam entre si sobre o local onde o Deus de Israel deveria ser adorado. Segundo os samaritanos, deveria ser no Monte Gerizim, e, segundo os judeus, deveria ser em Jerusalém.

O Senhor Jesus, como judeu, surpreendeu uma mulher samaritana, pedindo-lhe água. E aproveitou a oportunidade para ensina-la que o trono de Deus não é estabelecido em lugares que podem perecer com o tempo, e nem pode se tornar propriedade exclusiva de um povo.

Jesus mostra que é em nosso espírito que está esse altar eterno, que o homem possui em si mesmo para oferecer a um Deus eterno.


O poço onde se deu o encontro, entre Jesus e a samaritana, está a 800 metros ao sul de Sicar, na estrada alta de Jerusalém, onde a cidade faz uma curva para entrar no vale situado entre o monte Gerizim e o monte Ebal. Está situado perto da tumba de José, no terreno adquirido por Jacó.

Ë um dos lugares mais autênticos de todas as terras bíblicas. E venerado pelos samaritanos, pelos mulçumanos, os judeus e os cristãos como o poço que Jacó cavou.

A tradição samaritana existe a mais de 23 séculos, e está refletida na frase que a mulher disse a Jesus no verso 12.

Hoje existe um santuário sobre o poço, depois de a Igreja Ortodoxa Grega ter construído uma igreja sobre o local.

Por esse motivo de tradição e de consideração a Jacó, samaritanos e judeus não se davam. Sobre o monte Gerizim os samaritanos haviam construído um templo rival ao de Jerusalém (João 4. 20). Na verdade os samaritanos estavam adorando a Deus, mas não o conheciam, pois o Salvador era judeu (João 4. 22). Mas a tradição dos samaritanos não os deixava ver: "És tu, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual também ele mesmo bebeu, e os filhos, e o seu gado?" (João 4. 12).

Jesus mostra para a mulher que desde o princípio Deus procurou manter um laço de amizade e amor com o ser humano (João 4. 13, 14). Jesus mostra para ela que a adoração acontecia onde se estivesse (João 4. 14).

Em outra ocasião Jesus ensinou: "Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" (Mateus 18.20).

Aleluia! A água viva que Jesus oferece é a nova vida pelo Espírito (João 7. 37-39).


Jesus ensina para a mulher que o lugar em que cultuamos a Deus não é o mais importante. O que importa é que estejamos em perfeita sintonia e harmonia com o Criador, e o adoremos com coração sincero.

E para sabermos se estamos em perfeito louvor e adoração a Deus, vejamos o que aprendemos com a Palavra de Dele:

Primeiramente, temos um amor pronto a sacrificarmos pelo outro (Genesis 13.8-13). Como foi o caso da separação de Abrão e Ló para não brigarem;

Em segundo, temos um amor preparado para enfrentar dificuldades em favor do próximo (Genesis 14.13-17). Como no exemplo dos inimigos que Abrão enfrentou para libertar seu irmão;

Em terceiro, temos um amor que percorre distâncias (Genesis 33.1-3). O exemplo da distância percorrida por Jacó para encontrar seu irmão Esaú;

Em quarto, temos um amor que vence pela paciência (Genesis 22. 1-3, 9-14). Exemplo disso é a prova de Abraão em sacrificar seu filho sem questionar;

E por último, temos um amor pronto a perdoar e esquecer (Genesis 50.15-21). Que foi o caso do perdão de José a seus irmãos que o venderam.

Jesus ensina para a mulher que o lugar em que cultuamos a Deus não é o mais importante. Afinal Deus é Onipresente!

Deus está interessado é na atitude do adorador, sua obediência e fidelidade a Ele. É por isso que posso dizer que a adoração e o louvor acontecem onde a pessoa está.
  


Mensagem baseada no texto de João 4.19-24, ministrada na Congregação Batista de Vale Verde, em 03/02/2001.