Todas as vezes que
pensamos que estamos agindo certo, Deus nos surpreende.
Enquanto pensamos que
nossas tradições, idealismos, filosofias e doutrinas são as corretas; e
enquanto brigamos sobre lugares sagrados e onde se deve adorar a Deus, se uso
ou não uso, se pode ou não pode; Deus está interessado é na atitude do
adorador.
Essa é uma das lições
que aprendemos com o Senhor Jesus na conversa coma mulher samaritana.
Vejamos o seguinte:
Os samaritanos e os
judeus contendiam entre si sobre o local onde o Deus de Israel deveria ser
adorado. Segundo os samaritanos, deveria ser no Monte Gerizim, e, segundo os
judeus, deveria ser em Jerusalém.
O Senhor Jesus, como
judeu, surpreendeu uma mulher samaritana, pedindo-lhe água. E aproveitou a
oportunidade para ensina-la que o trono de Deus não é estabelecido em lugares
que podem perecer com o tempo, e nem pode se tornar propriedade exclusiva de um
povo.
Jesus mostra que é em
nosso espírito que está esse altar eterno, que o homem possui em si mesmo para
oferecer a um Deus eterno.
O poço onde se deu o
encontro, entre Jesus e a samaritana, está a 800 metros ao sul de Sicar, na
estrada alta de Jerusalém, onde a cidade faz uma curva para entrar no vale
situado entre o monte Gerizim e o monte Ebal. Está situado perto da tumba de
José, no terreno adquirido por Jacó.
Ë um dos lugares mais
autênticos de todas as terras bíblicas. E venerado pelos samaritanos, pelos
mulçumanos, os judeus e os cristãos como o poço que Jacó cavou.
A tradição samaritana
existe a mais de 23 séculos, e está refletida na frase que a mulher disse a
Jesus no verso 12.
Hoje existe um
santuário sobre o poço, depois de a Igreja Ortodoxa Grega ter construído uma
igreja sobre o local.
Por esse motivo de
tradição e de consideração a Jacó, samaritanos e judeus não se davam. Sobre o
monte Gerizim os samaritanos haviam construído um templo rival ao de Jerusalém
(João 4. 20). Na verdade os samaritanos estavam adorando a Deus, mas não o
conheciam, pois o Salvador era judeu (João 4. 22). Mas a tradição dos
samaritanos não os deixava ver: "És tu, porventura, maior do que o nosso
pai Jacó, que nos deu o poço, do qual também ele mesmo bebeu, e os filhos, e o
seu gado?" (João 4. 12).
Jesus mostra para a
mulher que desde o princípio Deus procurou manter um laço de amizade e amor com
o ser humano (João 4. 13, 14). Jesus mostra para ela que a adoração acontecia
onde se estivesse (João 4. 14).
Em outra ocasião
Jesus ensinou: "Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí
estou eu no meio deles" (Mateus
18.20).
Aleluia! A água viva que Jesus oferece é a nova vida pelo
Espírito (João 7. 37-39).
Jesus ensina para a
mulher que o lugar em que cultuamos a Deus não é o mais importante. O que
importa é que estejamos em perfeita sintonia e harmonia com o Criador, e o
adoremos com coração sincero.
E para sabermos se
estamos em perfeito louvor e adoração a Deus, vejamos o que aprendemos com a
Palavra de Dele:
Primeiramente, temos
um amor pronto a sacrificarmos pelo outro (Genesis 13.8-13). Como foi o caso da
separação de Abrão e Ló para não brigarem;
Em segundo, temos um
amor preparado para enfrentar dificuldades em favor do próximo (Genesis 14.13-17).
Como no exemplo dos inimigos que Abrão enfrentou para libertar seu irmão;
Em terceiro, temos um
amor que percorre distâncias (Genesis 33.1-3). O exemplo da distância
percorrida por Jacó para encontrar seu irmão Esaú;
Em quarto, temos um
amor que vence pela paciência (Genesis 22. 1-3, 9-14). Exemplo disso é a prova
de Abraão em sacrificar seu filho sem questionar;
E por último, temos
um amor pronto a perdoar e esquecer (Genesis 50.15-21). Que foi o caso do perdão
de José a seus irmãos que o venderam.
Jesus ensina para a
mulher que o lugar em que cultuamos a Deus não é o mais importante. Afinal Deus
é Onipresente!
Deus está interessado
é na atitude do adorador, sua obediência e fidelidade a Ele. É por isso que posso
dizer que a adoração e o louvor acontecem onde a pessoa está.
Mensagem baseada no
texto de João 4.19-24, ministrada na Congregação Batista de Vale Verde, em
03/02/2001.