Jesus sempre falou para diverso público. Ele tinha
facilidade em falar tanto para gente simples, como para aqueles que o ouviam
quando lemos o Evangelho de Mateus 22. 1-14.
Aqui neste texto, o público de Jesus era composto de Judeus. Gente que se orgulhava de
descenderem de Abrão; de terem uma moral elevada; de terem compromisso com o
melhor da religião monoteísta daqueles dias. Eram pessoas que se consideravam equilibradas
emocionalmente; e, que eram frequentadores regulares das reuniões religiosas
dos judeus.
Mas Jesus era desses
que gosta de observar, e Ele notou que aquele auditório tinha a ver com o
passado; não pertenciam ao futuro, estavam presos ao passado, viviam uma
história trágica. Ele identifica um grupo atrelado ao pior das relações
religiosas dos seres humanos com Deus. Eram pessoas que não se incluía nas
grandes perspectivas de Deus para o futuro.
Jesus tinha uma
mensagem para aquela gente. E o que
Jesus queria dizer para aquelas pessoas e o que Ele quer dizer para nós hoje?
Primeiramente, Jesus
quer dizer que o primeiro convite é relacionado ao povo de Israel. É o convite
da lógica e da dignidade humana. Pois o primeiro convite foi enviado à Israel
em coletividade, isto é, ao povo escolhido.
Este primeiro convite
está baseado na lógica do comportamento, ou seja, na lógica da lei, pois o
verso oito diz: “Não terás outros desuses diante de mim, Não adorarás outros
deuses, Não use o nome do Senhor Deus em vão, Guardará o dia de descanso, Respeite
pai e mãe, Não mate, Não cometa adultério, Não roube, Não testemunhe falso
contra o próximo, Não cobice” (Mateus 22. 8).
Já o segundo convite é
direcionado a todos que não viviam pela lei. É o convite da lógica da graça.
Pois a ordem era: Sair e pegar a todos que acharem; não perguntar nada sobre
eles. Pelos becos, pelos atalhos. E isso tem um significado muito grande: Eu
não fui convidado porque merecia.
A lógica da graça é ilógica.
Ela obedece aos critérios do amor generoso e incondicional de Deus. É como se
Deus falasse; “Saiam por aí e traga
gente rica, gente pobre, que merece e que não merece, tragam aqueles que são pervertidos".
A lógica da graça se
baseia na motivação festeira de Deus. Bem diferente do Deus que a religião
concebe: fechado, pesado, casmurro, austero, severo, estraga prazer, e
convenhamos, não há festa nisso.
Mesmo sendo um Deus
de festas Ele é Deus que fala sério, pois na hora de julgar, Ele julga. Na hora
de salvar, Ele salva. A salvação é uma festa.
A lógica da graça se
baseia ainda nos critérios simples
da lei do encontro. Ou seja: tragam
gente: alto, baixo, bonito, nem tanto... Se for bom ótimo, se for mal, não tem
problema, pois Eu dou um jeito nele.
Portanto o conselho
para você é: Se você ouvir a Sua voz, aceite o convite, não negue, nem endureça
o seu coração, Ele está convidando você.
A terceira lógica da
graça se baseia no fato de que Deus não procura virtudes, Ele está procurando
disponibilidade ( V.10).
O que Deus quer saber
é se você está disponível, Ele não quer saber de desculpa. Ele faz o convite,
você aceita?
É uma relação de proposta
e resposta. De Ele Abrir a porta e você decidir entrar; Dele puxar uma cadeira
e você sentar. De e Ele oferecer uma
veste e você vestir. É sempre um
convite, você vai aceitá-lo?
A quarta lógica se
baseia no fato de que esse convite é totalmente justificado por esta graça que
veste os inadequados.
Preste atenção nisso,
apesar de está apoiado na graça, é preciso
que a pessoa se livre de todo
embaraço. Pois imitação e obediência a Jesus é o que se espera da pessoa. Arrependimento
e fé são necessário para a salvação.
Mensagem baseada no texto de Mateus 22.1-14, na Congregação
Presbiteriana em Santa Isabel, no dia 29/04/2001.