Quero falar com você sobre aliança, ou pacto,
como queira. Mas o que é um pacto?
É um tratado entre pessoas para uma
determinada finalidade. Eles podem ser feitos entre partidos, povos ou
governos. Em um relacionamento entre um homem e uma mulher é uma união ligada
pelo matrimônio. É um contrato que é feito e que serve como um ajuste.
Na Bíblia, em especial no Velho Testamento,
vemos muito falar em pactos, entre homens e entre homens e Deus. Mas, como era
o pacto entre duas pessoas no tempo antigo?:
Bem, acontecia da seguinte maneira,
primeiramente sacrificava-se um determinado animal (novilha, cabra, cordeiro,
rola, pombo). Dividia-o em duas partes, uma frente à outra. E passava-se por um
caminho deixado ao meio das partes. Cada banda do animal representava uma das
partes na aliança. As duas pessoas passavam entre as bandas e cada uma afirmava
que se não cumprisse a sua palavra naquela aliança, a outra pessoa teria o
direito de fazer o mesmo feito ao animal.
Havia após uma troca
de cintos. No cinto havia dois elementos: a espada (significava a proteção) e a
bolsa de ouro ou dinheiro (significava o patrimônio). A troca de cintos
representava que a proteção de um era responsabilidade do outro, e vice-versa.
Os bens patrimoniais eram comuns aos dois.
Uma observação interessante, as alianças de
outrora eram como o casamento sob o regime de comunhão de bens. A instituição
do casamento teve início justamente nas alianças bíblicas.
Veja o exemplo de Abraão. Enquanto Abraão
olhava com visão espiritual e esperava pela promessa. Sara olhava incomodada
pela visão física. O grande perigo da convivência, ou casamento, entre o que
tem a visão espiritual e o que tem a visão física está justamente na influência
que geralmente o segundo tem sobre o primeiro.
O que tem a visão da fé quer avançar e seguir
adiante, porque crê, mas o segundo sempre tem seus motivos pessoais, que
amarram o primeiro.
A
condição espiritual de alguém é medida pelos seus olhos.
Os olhos físicos sempre nos conduzem para o
mal, pois eles não podem ver Deus. A princípio podem parecer a escolha certa,
pois os olhos físicos sempre dão uma resposta rápida ao coração, é o mover pela
emoção. Depois se começa a cair, cair... Até chegar ao fim do poço, na lama.
Quando alguém abandona a fé, perde a visão
espiritual e passa a andar com os olhos da cobiça, da ganância e da inveja. E
então se começa a perder tudo: a família, a saúde, o dinheiro, enfim, até o
pouco que tinha. E acaba sem ter onde morar, desgostoso da vida, desanimado,
sem fé, sem esperança e perspectiva.
Casamento é coisa séria. É preciso
reconsiderar as promessas que fazemos. Pois casamento é compromisso para a vida
inteira. Não podemos prometer amar alguém só enquanto ele ou ela toma decisões
com as quais concordamos.
Os nascidos do Espírito Santo tem a natureza
divina e por isso vivem na dependência da fé em Deus. Quem tem a visão da fé,
jamais deixa o convívio de quem anda com Deus.
Rute era uma mulher moabita, com princípios
religiosos pagãos. Quando conheceu Noemi, sua sogra, viu nela uma mulher de
Deus, ou seja, viu Deus nela. Por isso se apegou à sogra.
Quando as duas ficaram viúvas, era natural
que cada uma voltasse para o seu povo. E essa foi a sugestão de Noemi para
Rute, mas sua resposta foi surpreendente. Ela respondeu para Noemi: “Deus mudou
o teu caminho até juntares com o meu e guardou a tua vida separando-a para mim.
Para onde fores, irei; onde tu repousares, repousarei. Teu Deus será o meu
Deus. Teu caminho o meu será” (Rute 1.16, 17). Você deve agir da mesma forma!
Ao possuir a natureza de Deus, a pessoa tem
consciência de sua dependência de Deus, suas decisões não são calcadas na visão
física, e sim de acordo com a visão da vontade de Deus.
É justamente isso que faz a diferença entre
"cristãos" e cristãos. Não adianta crer no Senhor Jesus teoricamente.
É preciso fazer uma aliança com Ele. E quem for sábio jamais se separará dos
eleitos de Deus.
Ninguém pode pretender ser um vaso na mão de
Deus sem abandonar o estado em que se encontra, e renunciar aos seus planos
para um suposto futuro promissor. Não se pode servir a Deus e a si mesmo. Se
quer servir a Deus, tem de abandonar a vida de pecado; sacrificar suas
vontades; suas cobiças pessoais, sacrificar seu futuro; enfim, tem que morrer
para si mesmo, para os parentes e sobretudo para o mundo. Esse é o preço que o
Senhor cobra de seus seguidores: "Se alguém vier a mim, e não aborrecer a
pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida,
não pode ser meu discípulo. Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode
ser meu discípulo" (Lucas
14:26-27).
Aqui está uma afirmação aparentemente muito
dura, mas que é preciso ser dita para que num pacto matrimonial as consequências
não venham a ser negativas: Não tente mudar seu companheiro.
Se você não está preparada para ser a
companheira dele, aonde quer que ele decida ir, então estará causando-lhe um
dano terrível. Se você não estiver preparada para cumprir a promessa de seguir
a ele aonde quer que o Senhor o guiar, até que a morte separe vocês dois, então
rompa com ele.
Mensagem de 2004.