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A Impunidade e a Disciplina na Igreja: Uma Reflexão com Base em 1 Coríntios 5:1-13

  A palavra “impunidade” tem se tornado cada vez mais comum em nosso vocabulário, especialmente em tempos onde a violência e o desrespeito às leis parecem estar em ascensão. O Oxford define impunidade como “falta de punição, de castigo”, enquanto o Caldas Aulete complementa ao descrever como “o não cumprimento de uma pena por alguém que cometeu um delito. Estado de tolerância ao crime”. Em um contexto espiritual, a impunidade é igualmente grave e pode ser vista como um desprezo pelas diretrizes divinas de respeito, amor ao próximo e reverência a Deus. O profeta Oséias já alertava sobre isso em Oséias 4:1-2, onde descreve como a desobediência a Deus resulta em uma sociedade desprovida de verdade, amor e conhecimento do Senhor. A impunidade, como consequênciado pecado, não é novidade . Desde os primórdios da humanidade, vemos exemplos de pessoas que, mesmo não enfrentando consequências imediatas por seus atos, não escaparam do julgamento divino. O Salmo 34:16 lembra-nos de que “o ro...

O Estado Original do Homem – Antropologia – Parte 2 – E.T.

Conforme nos diz a resposta para a pergunta 12 do catecismo: “Quando Deus criou o homem fez com ele um pacto de vida, com a condição de uma perfeita obediência, proibindo-lhe de comer da árvore da ciência do bem e do mal, sob pena de morte”.

Isto está de conformidade com o texto de Gênesis 2. 17, onde lemos: “Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás, porque no dia em que dela comeres certamente morrerás”. E conforme também o texto de Oséias: “Mas eles transgrediram a aliança, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra mim” (Oséias 6. 7). Em outra versão diz: “Na cidade de Adão eles quebraram a aliança, e me foram infiéis” (Oseias 6. 7).

Portanto, há um pacto feito entre Deus e o homem que serviria como concerto das suas obras. A promessa desse pacto era de que ele viveria, a vida foi prometida ao homem e sua posteridade. A condição para o homem era de uma obediência perfeita e pessoal a Deus.


Talvez você se pergunte: “Mas o que é um concerto?” É um contrato entre duas ou mais pessoas. É uma promessa a depender de uma condição.

Quando olhamos para os textos bíblicos pensamos que sendo Deus infinitamente superior a Adão, podia impor um concerto com ou sem o seu consentimento. Mas tudo indica que Adão concordou com o concerto.

Vejamos o texto: “Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás, porque no dia em que dela comeres certamente morrerás” (Genesis 2. 17). Aqui encontramos as partes contratantes: Deus e Adão. Depois temos a condição que é a perfeita obediência. Temos também a penalidade, que é a Morte. Tanto a natural como a espiritual. E por fim a promessa de Vida. Mais do que a vida natural, pois esta, Adão já tinha.

Embora a promessa não apareça na narrativa, ela está implicada ou sugerida visto a alternativa da morte. Pois se a desobediência traria morte, é claro que a obediência traria vida.

É bom recordarmos que todo o plano de salvação é apresentado como sendo um concerto; por exemplo: com Noé, com Abraão, com Israel. Em todos esses casos temos os sinais, como também as partes contratantes de um concerto.


No caso de Adão, ele representou toda a sua posteridade.

A resposta da pergunta 16 do catecismo nos ensina isso: “Caiu todo o gênero humano pela primeira transgressão de Adão, não só para ele, mas também para sua posteridade, todo o gênero humano procedendo dele por geração ordinária, pecou nele e caiu com ele em sua primeira transgressão”.

E mais uma vez está de conformidade com as escrituras que diz: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, e assim a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12).

Que fique claro também que, a observância deste Concerto por um certo tempo constituía uma prova, e que esta prova foi justa e adequada. Pois Adão estava fortificado por sua natureza imaculada, pelo ambiente feliz, pela comunhão com Deus e pelos avisos claros e promessas positivas.


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