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A Impunidade e a Disciplina na Igreja: Uma Reflexão com Base em 1 Coríntios 5:1-13

  A palavra “impunidade” tem se tornado cada vez mais comum em nosso vocabulário, especialmente em tempos onde a violência e o desrespeito às leis parecem estar em ascensão. O Oxford define impunidade como “falta de punição, de castigo”, enquanto o Caldas Aulete complementa ao descrever como “o não cumprimento de uma pena por alguém que cometeu um delito. Estado de tolerância ao crime”. Em um contexto espiritual, a impunidade é igualmente grave e pode ser vista como um desprezo pelas diretrizes divinas de respeito, amor ao próximo e reverência a Deus. O profeta Oséias já alertava sobre isso em Oséias 4:1-2, onde descreve como a desobediência a Deus resulta em uma sociedade desprovida de verdade, amor e conhecimento do Senhor. A impunidade, como consequênciado pecado, não é novidade . Desde os primórdios da humanidade, vemos exemplos de pessoas que, mesmo não enfrentando consequências imediatas por seus atos, não escaparam do julgamento divino. O Salmo 34:16 lembra-nos de que “o ro...

As Boas Novas de Coisas Velhas – Parte 9

A quem devemos, pois agradecer a popularidade do movimento de “Batalha Espiritual”? A Deus? Penso que seja mais a Esseck  Kenyon, Benny Hinn,, Valnice Milhomens entre outros. Pois declarações de amarrações feitas em fé, usando expressões como: “eu declaro”, “eu amarro”, não existem na Bíblia.

Os adeptos do movimento dizem tratarem-se os conceitos da “Batalha Espiritual” uma nova revelação de Deus para a Igreja, para que ela possa enfrentar os ataques satânicos nos últimos tempos, conforme declara Peter Wagner em seu livro “Espíritos Territoriais”.

Desde o Pentecostes em Atos 2 começou os últimos tempos que foram profetizados. Porque essa revelação viria só agora e para alguns poucos? Isso representa um ataque frontal contra a suficiência das escrituras. “Ai daquele que acrescentar ou excluir uma só virgula das Escrituras, pois, está escrito: “Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro” (Apocalipse 22. 18).


Outro popularizador do movimento foi Frank Peretti, autor de “Este Mundo Tenebroso”. Através desse livro de ficção, a ideia de batalha espiritual atingiu o mundo todo.

Nesse livro ele apresenta uma batalha que acontece nas regiões celestiais entre o bem e o mal. E dependendo do que acontecer, as estruturas sociopolíticas podem ser demonizadas. Ou seja, ser invadidas por entidades malignas com o fim de oprimir povos.

Essa ideia é antiga, no século III, surgiu uma heresia cristã que ficou conhecida como Maniquísmo, pois foi fundada por Mani. Ele ensina que existe um conflito básico no mundo, entre Deus e Satanás. Enfatizando que Satanás e seus demônios tem poder igual ao de Deus. O que foi rejeitado por Orígenes e Agostinho, pois é um ensinamento contrário a Bíblia, que ensina que Deus é o Senhor absoluto do universo, e que satanás é apenas uma de suas criaturas. E que está totalmente sob o seu controle.

A impressão que o movimento de “Batalha Espiritual” passa é que eles creem da mesma forma como pensava Mani. O que representa um retorno ao paganismo do século III. Pois a cosmo visão apresentada pelo movimento de “Batalha Espiritual”, assemelha-se mais à do mundo pagão antigo do que com a cosmo visão da Bíblia.

É obvio que a Bíblia reconhece a existência de seres malignos e que eles atuam no mundo. Mas não nos apresenta um mundo em que tudo o que ocorre é explicado por interferência dessas forças.


Esse pensamento dualista esta mais para o pensamento grego, que foi influenciado por Homero e pelas religiões de mistério que eram oriundas da Mesopotâmia, da Frígia, do Egito e da Síria. Onde deuses e demônios infestavam o mundo e o cotidiano. E onde a vida e o destino das pessoas dependiam de seus relacionamentos com esses seres.

Uma tendência que o movimento de “Batalha Espiritual” tem produzido é criar uma obsessão doentia por espíritos malignos nos seus adeptos. Muitos estão fascinados pelo mal. Veem Satanás em qualquer coisa. Se o carro não pega é o diabo, se tem uma dor de cabeça é o diabo, a luz acaba na hora do culto é o diabo.

Esse movimento acaba por diminuir a eficácia de Cristo na vida do crente. Pois eles se esquecem de que podemos tomar decisões erradas, que podemos ficar doentes, que casamentos podem ser desfeitos. E tudo isso sem a intervenção de Satanás.

Para terminar, esse movimento não tem nenhuma base bíblica para sustentar seus ensinos. A maioria deles vem de experiências como fonte de revelação e conhecimento. Como foi o caso do missionário Frase, na China.

Tanto Wagner, como Rita Cabezas e Neuza Itioka não apresentam nenhum texto bíblico que aponte para que o caminho a ser seguido seja esse. Pelo contrário, citam somente experiências próprias e de outros que tiveram conversas às vezes prolongadas com o diabo.

Em uma afirmação de Rita Cabezas ela diz que não é correto basear sua teologia no que demônios dizem, mas ela acrescenta: “... tenho a impressão de que aquele demônio dizia a verdade...” (Desmascarado, pagina 216).

Ora, Jesus diz acerca do diabo que: “Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira” (João 8. 44). Antes Jesus tinha dito que o diabo: “foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele”.

Como então dar credita a ele?
  
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