Estamos indo para a estação de inverno.
O início do inverno em 2015 começa às 13 horas e 38 minutos
do dia 21 de junho de 2015; e termina dia 23 de setembro de 2015, com o
equinócio da primavera.
O inverno é a estação que antecede a primavera e sucede o
outono. No Hemisfério Sul, onde está localizado o Brasil, esta estação é
caracterizada pelas temperaturas baixas, dias mais curtos, e noites mais
longas.
Durante o outono, o período de claridade do dia vai
diminuindo até a chegada do inverno, quando ocorre a noite mais longa do ano. A
partir disso, o período da noite diminui até a chegada da primavera, quando
novamente o dia e a noite tem o mesmo comprimento: o mesmo número de horas de
escuridão e de claridade. Do início da primavera até o início do verão, o Sol
nasce cada dia mais cedo e se põe cada dia mais tarde, até que a entrada do
verão marca o dia mais longo e a noite mais curta do ano. Daí até a entrada do
outono, o período de luz fica cada vez menor e o período de céu escuro fica
cada vez maior, até que no dia da entrada do outono o número de horas da noite
é igual ao comprimento do dia.
Diante desses dados quero fazer duas
perguntas para vocês:
Porque o inverno vem antes da primavera? O
que é que caracteriza o inverno?
Podemos dizer que é para fazer limpeza. E suas
características são ventos fortes, folhas secas, arvores desfolhadas.
Sabe por que isso acontece?
Porque é o meio de Deus limpar as arvores
para prepará-las para as novas folhas que virão. É preciso ventos fortes derrubar
as folhas velhas, tirar as que estão gastas para crescerem novas folhagens na
primavera.
Muitas vezes em nossa vida acontece também um
inverno. O salmista narra sua experiência invernal no salmo 31.
Com ele aprendemos que muitas vezes nos
sentimos humilhados: “Em ti, Senhor, me refugio; nunca permitas que eu seja
humilhado; livra-me pela tua justiça” (Salmos 31. 1).
Outras vezes nos sentimos fracos e sem
esperança: “Inclina os teus ouvidos para mim, vem livrar-me depressa! Sê minha
rocha de refúgio, uma fortaleza poderosa para me salvar. Sim, tu és a minha
rocha e a minha fortaleza” (Salmos 31. 2,3a).
Podemos também nos sentir sem direção: “... por
amor do teu nome, conduze-me e guia-me” (Salmos 31. 3b).
Podemos ainda nos sentir como se estivéssemos
presos em armadilhas: “Tira-me da armadilha que me prepararam, pois tu és o meu
refúgio” (Salmos 31. 4).
E algumas vezes sentimos que estamos longe de
uma solução: “Nas tuas mãos entrego o meu espírito; resgata-me, Senhor, Deus da
verdade” (Salmos 31. 5).
Essas aflições em nossa alma, muitas vezes
servem para que tenhamos visão do grande amor e poder de Deus em nos socorrer.
Foi o que aconteceu com o salmista. Ele disse: “Exultarei com grande alegria
por teu amor, pois viste a minha aflição e conheceste a angústia da minha alma”
(Salmos 31. 7).
Podemos nos sentir vítimas, desesperados,
prisioneiros sendo consumidos pela angústia. Pela tristeza, pela falta de
forças, os gemidos passam a ser nosso companheiro dia-a-dia, o medo, esquecidos
pelos outros. Tudo isso também foi a experiência do salmista, e ele colocou
isso para Deus: “Não me entregaste nas mãos dos meus inimigos; deste-me
segurança e liberdade. Misericórdia, Senhor! Estou em desespero! A tristeza me
consome a vista, o vigor e o apetite. Minha vida é consumida pela angústia, e
os meus anos pelo gemido; falta-me a força devido à minha aflição, e os meus
ossos se enfraquecem. Por causa de todos os meus adversários, sou motivo de
ultraje para os meus vizinhos e de medo para os meus amigos; os que me veem na
rua fogem de mim. Sou esquecido por eles como se estivesse morto; tornei-me
como um pote quebrado” (Salmos 31. 8-12).
Mas, o melhor de tudo, é sabermos que nossa
força, nossa alegria, nossa libertação, nossa salvação, nosso vigor é
fortalecido quando clamamos ao Senhor e Ele nos ouve: “Mas eu confio em ti,
Senhor, e digo: "Tu és o meu Deus". O meu futuro está nas tuas mãos;
livra-me dos meus inimigos e daqueles que me perseguem. Faze o teu rosto
resplandecer sobre o teu servo; salva-me por teu amor leal. Não permitas que eu
seja humilhado, Senhor, pois tenho clamado a ti; mas que os ímpios sejam
humilhados e calados fiquem no Sheol. Sejam emudecidos os seus lábios
mentirosos, pois com arrogância e desprezo humilham os justos. Como é grande a
tua bondade, que reservaste para aqueles que te temem, e que, à vista dos
homens, concedes àqueles que se refugiam em ti! No abrigo da tua presença os
escondes das intrigas dos homens; na tua habitação os proteges das línguas
acusadoras. Bendito seja o Senhor, pois mostrou o seu maravilhoso amor para
comigo quando eu estava numa cidade cercada” (Salmos 31. 14-21).
A lição que podemos tirar de toda essa
experiência é essa: os ventos veem para derrubar as folhas das desesperanças e
trazer novas folhagens de esperança e fé.
Portanto, “Sejam fortes e corajosos, todos
vocês que esperam no Senhor!” (Salmos 31. 24)
Mensagem baseada no Salmos 31, na casa da Lia, filha do presbítero Sr.
Ramiro, em 18 maio de 2004.