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A Impunidade e a Disciplina na Igreja: Uma Reflexão com Base em 1 Coríntios 5:1-13

  A palavra “impunidade” tem se tornado cada vez mais comum em nosso vocabulário, especialmente em tempos onde a violência e o desrespeito às leis parecem estar em ascensão. O Oxford define impunidade como “falta de punição, de castigo”, enquanto o Caldas Aulete complementa ao descrever como “o não cumprimento de uma pena por alguém que cometeu um delito. Estado de tolerância ao crime”. Em um contexto espiritual, a impunidade é igualmente grave e pode ser vista como um desprezo pelas diretrizes divinas de respeito, amor ao próximo e reverência a Deus. O profeta Oséias já alertava sobre isso em Oséias 4:1-2, onde descreve como a desobediência a Deus resulta em uma sociedade desprovida de verdade, amor e conhecimento do Senhor. A impunidade, como consequênciado pecado, não é novidade . Desde os primórdios da humanidade, vemos exemplos de pessoas que, mesmo não enfrentando consequências imediatas por seus atos, não escaparam do julgamento divino. O Salmo 34:16 lembra-nos de que “o ro...

O Senhor É Minha Esperança

Estamos indo para a estação de inverno.

O início do inverno em 2015 começa às 13 horas e 38 minutos do dia 21 de junho de 2015; e termina dia 23 de setembro de 2015, com o equinócio da primavera.

O inverno é a estação que antecede a primavera e sucede o outono. No Hemisfério Sul, onde está localizado o Brasil, esta estação é caracterizada pelas temperaturas baixas, dias mais curtos, e noites mais longas.

Durante o outono, o período de claridade do dia vai diminuindo até a chegada do inverno, quando ocorre a noite mais longa do ano. A partir disso, o período da noite diminui até a chegada da primavera, quando novamente o dia e a noite tem o mesmo comprimento: o mesmo número de horas de escuridão e de claridade. Do início da primavera até o início do verão, o Sol nasce cada dia mais cedo e se põe cada dia mais tarde, até que a entrada do verão marca o dia mais longo e a noite mais curta do ano. Daí até a entrada do outono, o período de luz fica cada vez menor e o período de céu escuro fica cada vez maior, até que no dia da entrada do outono o número de horas da noite é igual ao comprimento do dia.
  


Diante desses dados quero fazer duas perguntas para vocês:

Porque o inverno vem antes da primavera? O que é que caracteriza o inverno?

Podemos dizer que é para fazer limpeza. E suas características são ventos fortes, folhas secas, arvores desfolhadas.

Sabe por que isso acontece?

Porque é o meio de Deus limpar as arvores para prepará-las para as novas folhas que virão. É preciso ventos fortes derrubar as folhas velhas, tirar as que estão gastas para crescerem novas folhagens na primavera.

Muitas vezes em nossa vida acontece também um inverno. O salmista narra sua experiência invernal no salmo 31.

Com ele aprendemos que muitas vezes nos sentimos humilhados: “Em ti, Senhor, me refugio; nunca permitas que eu seja humilhado; livra-me pela tua justiça” (Salmos 31. 1).

Outras vezes nos sentimos fracos e sem esperança: “Inclina os teus ouvidos para mim, vem livrar-me depressa! Sê minha rocha de refúgio, uma fortaleza poderosa para me salvar. Sim, tu és a minha rocha e a minha fortaleza” (Salmos 31. 2,3a).

Podemos também nos sentir sem direção: “... por amor do teu nome, conduze-me e guia-me” (Salmos 31. 3b).

Podemos ainda nos sentir como se estivéssemos presos em armadilhas: “Tira-me da armadilha que me prepararam, pois tu és o meu refúgio” (Salmos 31. 4).

E algumas vezes sentimos que estamos longe de uma solução: “Nas tuas mãos entrego o meu espírito; resgata-me, Senhor, Deus da verdade” (Salmos 31. 5).

Essas aflições em nossa alma, muitas vezes servem para que tenhamos visão do grande amor e poder de Deus em nos socorrer. Foi o que aconteceu com o salmista. Ele disse: “Exultarei com grande alegria por teu amor, pois viste a minha aflição e conheceste a angústia da minha alma” (Salmos 31. 7).


Podemos nos sentir vítimas, desesperados, prisioneiros sendo consumidos pela angústia. Pela tristeza, pela falta de forças, os gemidos passam a ser nosso companheiro dia-a-dia, o medo, esquecidos pelos outros. Tudo isso também foi a experiência do salmista, e ele colocou isso para Deus: “Não me entregaste nas mãos dos meus inimigos; deste-me segurança e liberdade. Misericórdia, Senhor! Estou em desespero! A tristeza me consome a vista, o vigor e o apetite. Minha vida é consumida pela angústia, e os meus anos pelo gemido; falta-me a força devido à minha aflição, e os meus ossos se enfraquecem. Por causa de todos os meus adversários, sou motivo de ultraje para os meus vizinhos e de medo para os meus amigos; os que me veem na rua fogem de mim. Sou esquecido por eles como se estivesse morto; tornei-me como um pote quebrado” (Salmos 31. 8-12).

Mas, o melhor de tudo, é sabermos que nossa força, nossa alegria, nossa libertação, nossa salvação, nosso vigor é fortalecido quando clamamos ao Senhor e Ele nos ouve: “Mas eu confio em ti, Senhor, e digo: "Tu és o meu Deus". O meu futuro está nas tuas mãos; livra-me dos meus inimigos e daqueles que me perseguem. Faze o teu rosto resplandecer sobre o teu servo; salva-me por teu amor leal. Não permitas que eu seja humilhado, Senhor, pois tenho clamado a ti; mas que os ímpios sejam humilhados e calados fiquem no Sheol. Sejam emudecidos os seus lábios mentirosos, pois com arrogância e desprezo humilham os justos. Como é grande a tua bondade, que reservaste para aqueles que te temem, e que, à vista dos homens, concedes àqueles que se refugiam em ti! No abrigo da tua presença os escondes das intrigas dos homens; na tua habitação os proteges das línguas acusadoras. Bendito seja o Senhor, pois mostrou o seu maravilhoso amor para comigo quando eu estava numa cidade cercada” (Salmos 31. 14-21).

A lição que podemos tirar de toda essa experiência é essa: os ventos veem para derrubar as folhas das desesperanças e trazer novas folhagens de esperança e fé.

Portanto, “Sejam fortes e corajosos, todos vocês que esperam no Senhor!” (Salmos 31. 24)



Mensagem baseada no Salmos 31, na casa da Lia, filha do presbítero Sr. Ramiro, em 18 maio de 2004.