O texto de João 4.14 nos faz recordar o
início do ministério de Jesus. Quando junto a um poço que era o motivo de
várias desavenças entre samaritanos e judeus, Ele mostra a uma mulher a sua
natureza divina: “Jesus lhe respondeu: "Se você conhecesse o dom de Deus e
quem está pedindo água, você lhe teria pedido e dele receberia água viva"”.
(João 4. 10)
Ela fica admirada pelas coisas que Jesus lhe
fala (v. 12) e pela revelação que Ele lhe faz (vv. 13, 17b - 18, 21 - 24, 26).
Diz os estudiosos que a água desse poço de
Jacó é fria e refrescante. Que ele não é simplesmente uma cisterna, mas um
manancial, ou seja, alimenta-se tanto de água da superfície como de uma fonte
subterrânea.
É ali junto ao poço que Jesus pronuncia a
profunda verdade que durará através de todos os tempos: "mas aquele que
beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe
der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna." (João 4.
14).
Se Jesus estava fazendo uma analogia em
relação ao poço, isso não interessa. O que importa é que uma alma aflita pode
ser refrescada e uma vida atribulada pode se tornar tranquila: “A mulher lhe
disse: "Senhor, dê-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem
precise voltar aqui para tirar água"” (João 4.15).
Uma
alma que receba dessa água poderá dizer, como disse o salmista: “O Senhor é o
meu pastor; nada me faltará. Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me
mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da
justiça por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte,
não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me
consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges
com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a
misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do
Senhor por longos dias" (Salmo 23).