Tiago em sua carta no
capitulo 5 e verso 15 diz que: “E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o
levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados”.
O homem é um conjunto
de sentimentos, de heranças paternas e maternas somado mais a vivência de cada
um. Capazes de raciocinar, guardar, e memorizar.
Todos nós carregamos
conosco até o fim, viscosidades (=suco pegajoso), e casca de ovos (=aspecto
exterior) de um mundo primitivo.
Algumas de nossas
histórias não são bonitas. Não são harmoniosas como histórias inventadas. Não é
um conto de fadas.
Pelo contrário são
cheias de insensatez (= falta de juízo, de bom senso,) e confusão (= desordem);
de loucura (= doidice, apaixonado, - "demência" = privação da razão),
e de sonho (= ideias e imagens que se apresentam à consciência no momento do
sono, fantasia, desejo intenso).
Muitas vezes também,
encontramos histórias de pessoas reprimidas, impedidas de esboçar aquilo que
alguém está sentindo, como por exemplo, alguém que é impedida de chorar.
O apóstolo Marcos no
seu Evangelho (Marcos 8. 24-34), nos
narra uma história emocionante e de Fé, esta que fala da cura da mulher com
fluxo de sangue. Além do sofrimento físico e da desesperança, a mulher do fluxo
de sangue não podia participar das festas religiosas. Ela não podia ficar fora
do templo junto com as outras mulheres e nem ir a sinagoga ( Levítico 15. 25-33).
Ela tinha que permanecer confinada e isolada! Não podia relacionar-se com as
pessoas, nem mesmo com os seus familiares, pois tudo o que ela tocava
tornava-se imundo!
Portanto aqui nos
temos uma personagem, que é uma mulher doente, por um período de 12 anos. Seu
histórico nos conta que ela já havia gasto tudo o que pode, sem obter sucesso,
indo a pior.
A consequência disso
em sua vida era que, ela era considerada imunda pela cultura judaica: “A mulher
que tiver hemorragia ou continuar menstruada além do tempo normal ficará impura
como durante as regras" (Levítico 15:25 - BLH).
Isso fazia com que
todos fugissem dela. E ela seria considerada criminosa caso tocasse em alguém.
O que podemos tirar
de proveito para nossa vida com essa história?
Bem, foram doze anos sem
carinho, sem aperto de mão, sem um abraço. Foram doze anos de solidão e de
problemas de relacionamento. Ela sofria com esse caos e com a opressão de um
isolamento forçado. Doze anos de tragédia tiveram fim em apenas um segundo.
A pergunta que eu lhe
faço é essa: Você já sofreu o bastante ou deseja sofrer mais?
Aquela mulher
considerou em seu coração que bastava tocar na orla das vestes de Jesus para
ser curada. Ela teve fé.
Ela deve ter passado
muitas horas pensando em como se aproximar de Jesus sem contaminar a multidão.
Ele sabia que seria considerada culpada por tocar deliberadamente em todos que
ela esbarrava. Pois a Lei dizia: “Ou, quando tocar a imundícia de um homem,
seja qualquer que for a sua imundícia, com que se faça imundo, e lhe for oculto,
e o souber depois, será culpado" ( Levítico 5:3 ).
Como ela poderia sair
de casa? Os vizinhos sabiam da sua doença. Eles poderiam recriminá-la por causa
da Lei.
E o que fariam os
religiosos se a descobrissem no meio da multidão?
Apesar de tudo isso
ela agiu, venceu os seus medos, tomou uma decisão e foi em frente.
E você, que decisão
tomará?
Mensagem pregada na Igreja Comunidade Presbiteriana
Betânia, em 15 de setembro de 2004. Baseada no texto de Marcos 8. 24,34.