É difícil para muita gente viver sua vida
cristã baseada simplesmente na fé. Nossa maneira de pensar, nossos sentimentos,
nossa visão acerca de determinada coisa muitas vezes atrapalha a nossa
confiança em Deus.
Vivemos mais na subjetividade da fé do que na
objetividade da mesma. Bem diferente do que a Bíblia nos mostra. Pois enquanto
vivenciamos nossa fé com expressões do tipo: “Eu acho... Eu penso...”, a Bíblia
nos mostra expressões do tipo: “E disse Deus”.
A Bíblia é um livro que procura oferecer
informações precisas para o leitor. No entanto encontramos muitas pessoas que
dizem não conseguir ler a Bíblia, por ser ela difícil de entender. Isso
acontece, pois ao invés de ler a pessoa tenta interpreta-la.
Vivemos em um tempo em que somos
influenciados de diversas formas em relação à Bíblia. Isso faz com que vejamos
o Evangelho sempre buscando uma análise do fato, mas essa análise acaba sempre
sendo influenciada pela nossa opinião. E isso faz com que quanto mais subjetiva
for nossa crença menos conhecemos a Deus.
Exemplo disso é que a maioria das pessoas crê
em um Deus facilitador. Se algo mal acontecer, Deus deixa de ser Deus.
A subjetividade nos faz seres movidos pela
emoção, em relação ao Evangelho isso é perigoso, pois nos leva ao histerismo
nos cultos, ao fanatismo e ao radicalismo como em alguns grupos islâmicos.
Paulo escrevendo aos romanos disse: “Portanto,
irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês” (Romanos 12.
1).
Paulo foi um homem que conseguiu objetivar a
subjetividade de sua fé. Objetivar um conhecimento é extrair do meio este
conhecimento para você. E o Evangelho é assim. Quando ele está em você ele
passa a ser subjetivo, pois adquire suas características pessoais, o tornando
particular.
Todavia, nessa subjetividade pessoal e
particular, objetivamos nossa fé na medida em que entendemos o que Deus tem
feito por nós. E como isso acontece? Acontece quando nos dedicamos a Ele em
obediência e serviço.
Na carta aos Romanos, Paulo fala sobre a
profundidade da riqueza de Deus, que nos criou e nos deu a salvação de graça
(Romanos 11. 33 - 36). Na subjetividade de sua fé, Paulo a objetivou na sua
dedicação ao Senhor.
Para nós fica a demonstração que nenhuma
outra resposta faz sentido. Porque rejeitar o Deus que nos deu a vida? Além é
claro de mostrar que o conhecimento do Evangelho exige uma aplicação prática.
Nosso conhecimento nunca é somente para saber. Tiago disse: “Tornai-vos, pois,
praticantes da palavra, e não somente ouvintes” (Tiago 1:22).